A atividade econômica do país cresceu 0,9% em 2012, de acordo com cálculo da Serasa Experian. Em dezembro, a economia teve expansão de 0,3%, ante novembro, feitos os ajustes sazonais.
Em 2011, o Produto Interno Bruto (PIB) aumentou 2,7% e, em 2010, 7,5%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O dado oficial de 2012 será divulgado na próxima sexta-feira, dia 1º de março.
“O ano de 2012 foi marcado por um cenário internacional desfavorável, sobretudo durante o primeiro semestre, pela inadimplência em alta e pela baixa propensão à realização de investimentos produtivos. Neste ambiente, as medidas tomadas pelo governo visando dinamizar a atividade econômica (desonerações fiscais, reduções de juros, etc) apresentaram baixo poder de impacto, frustrando as expectativas de um crescimento mais vigoroso no ano passado”, avalia a Serasa, em nota.
Do ponto de vista da oferta agregada, o setor de serviços foi o único que registrou expansão em 2012 (alta de 1,6%), garantindo certa sustentação à atividade econômica. Por outro lado, as quedas registradas pela atividade industrial (-0,7%) e pela agropecuária (-1%) pesaram sobre a evolução da economia no ano passado.
Pelo lado da demanda agregada, o principal responsável pelo fraco desempenho da economia em 2012 foram os investimentos, que recuaram 3,6% no ano passado. Já os gastos de consumo, tanto das famílias quanto do governo, com altas de 3,1% e de 3,6%, respectivamente, conseguiram evitar um desempenho que poderia ter sido bem mais fraco da atividade econômica.
Já o setor externo, com exportações evoluindo à taxa bastante próxima à das importações (zero para as exportações e 0,3% para as importações) geraram efeitos que praticamente se compensaram mutuamente sobre a atividade econômica.