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Setor de suínos e aves pode enfrentar pouca oferta de milho

Cereal pode perder espaço para a soja na safra de verão devido à boa rentabilidade da oleaginosa.

Setor de suínos e aves pode enfrentar pouca oferta de milho

A perspectiva de boa rentabilidade deve fazer com que os agricultores optem pelo plantio da soja na safra de verão de 2013/2014 em vez do milho, que disputa espaço com oleaginosa. “Esse movimento preocupa um pouco os produtores de aves e suínos, principalmente para o pequeno e médio integrado, que não tem estoque regulador. Eles podem encontrar menor oferta de milho no início do ano que vem e terão de aguardar os grãos da segunda safra”, informa o gerente de Oleaginosas e Produtos Pecuários da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Thomé Luiz Freire Guth. O milho concorre em área com a soja, com a vantagem de poder ser plantado como segunda safra.

“A decisão do produtor acaba sendo pela rentabilidade. Na primeira safra, produtores do Rio Grande do Sul, Paraná e Goiás, por exemplo, podem optar pela soja, para ganhar mais dinheiro e somente na segunda safra fazerem o plantio de milho”, disse o especialista, no seminário Perspectivas para o Setor de Alimentos e Agrícola, promovido hoje pela Associação dos Analistas e Profissionais de Investimentos do Mercado de Capitais (Apimec-SP) e Bovespa.

Guth acrescentou, ainda, que a autarquia quer reabastecer os estoques públicos de milho em até 5 milhões de toneladas este ano. “O ideal é que se chegue a 5 milhões de toneladas, mas a proposta que foi feita ao Conselho Interministerial de Estoques Públicos (Ciep) de alimentos foi de 4 milhões toneladas que serão adquiridas via contrato de opção de venda feito pelo produtor”, explicou.
Ainda segundo ele, o total de 5 milhões virá pela eventual realização de compras via Aquisições do Governo Federal (AGF). “Pela perspectiva de atingirmos o preço mínimo do milho neste ano, teremos possibilidade de recompor os estoques via AGF, mas ainda é estudo, porque há a limitação de quantidade de produtor”, esclareceu.

Guth informou que os estoques atuais da Conab estão em menos de 500 mil toneladas de milho, das quais 250 mil toneladas estão em processo de transferência para atender os criadores prejudicados pela seca no Nordeste.