O mercado de carne suína, no primeiro quadrimestre deste ano, manteve-se relativamente instável em decorrência das barreiras não-comerciais levantadas pela Rússia, Ucrânia e Argentina. Mesmo assim, o setor está otimista com a possibilidade de retomada das exportações, de acordo com o presidente do Sindicato das Indústrias da Carne e Derivados no Estado de Santa Catarina (Sindicarne), Clever Pirola Ávila.
Em relação ao mesmo período de 2012, ocorreu queda nas exportações nesse quadrimestre, porém, as indústrias apostam na recuperação. “Retornaremos brevemente o nível de vendas com a volta da Ucrânia”, prevê o dirigente.
A Missão Ucraniana esteve no Brasil recentemente e declarou ter aprovado o que viu, seja no modelo brasileiro de sanidade animal e inspeção, como também na tecnologia disponível nas agroindústrias. “Portanto, haverá reabilitação deste mercado em breve”.
A expectativa do Sindicarne para o segundo semestre deste ano é a reabertura da Ucrânia e o início dos negócios com o mercado Japonês. A Rússia, entretanto, ainda é uma incógnita.
O segmento de aves se manterá estável, apesar do desempenho de 2012, quando a produção foi inferior 3% em relação ao ano anterior e o valor das vendas manteve-se nivelado. Neste ano, a produção continua adequada com alojamentos na ordem de 520 milhões de pintos por mês. No primeiro trimestre, o valor obtido com as exportações cresceu na ordem de 2%, enquanto os volumes decresceram na ordem de 7%. No mercado interno, os volumes cresceram 2% e os preços estão estáveis.
Apesar dessa calmaria, as repetidas ocorrências de gripe do frango em vários países da Ásia permitem prever que as exportações brasileiras de carne de aves crescerão no segundo semestre. É provável que muitos países exportadores permaneçam impossibilitados de exportar, aumentando a demanda mundial pela carne brasileira.
O presidente do Sindicarne está confiante que 2013 será um ano melhor para a cadeia produtiva da carne.