A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) mostra, nos Estados Unidos, como a pesquisa brasileira usou o conhecimento científico para produzir tecnologias que fazem brotar alimentos mais nutritivos e que são competitivos nos mercados nacional e internacional. O Presidente da Empresa, Maurício Lopes, está mais uma vez no exterior mostrando a expertise dos cientistas brasileiros na área agrícola.
A Embrapa está frequentemente presente nas grandes discussões mundiais que tratam da produção e da segurança de alimentos no mundo. Não é sem razão que Lopes, tem participado de eventos com essa temática realizados em diferentes países do mundo. Nesta semana está em Washington, nos Estados Unidos, participando do fórum “Uma Estratégia Ciência e Inovação para a Segurança Alimentar”, que reúne líderes do mundo da ciência, governos, setores ligados ao comércio mundial de alimentos e representantes da sociedade civil.
“Há grande expectativa em relação à participação da Embrapa em encontros internacionais como o que está ocorrendo em Washington, uma vez que o Brasil é considerado um país que soube mobilizar a ciência e a tecnologia em benefício da sua segurança alimentar e da sua competitividade nos mercados internacionais de produtos agropecuários”, enfatiza o Presidente da Embrapa.
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O objetivo do encontro é repensar a pesquisa agrícola mundial. Participam cerca de 50 convidados, dentre eles representantes do G20 (http://www.g20.org/docs/about/about_G20.html) e alguns países africanos. O tema das discussões está centrado nos cenários futuros, que vislumbram que a ciência e a inovação precisarão enfrentar desafios como o de aumentar em 60% a produção de alimentos até 2050, ao mesmo tempo que precisará aumentar a resistência das plantas e de solos a estresses ambientais em resposta às mudanças climáticas.
A agricultura terá de aumentar a sua eficiência, produzir menos resíduos, conservar e reabilitar os solos e produzir mais com menos consumo de água. Para fazer frente às necessidades nutricionais da população mundial, os campos precisarão produzir uma variedade de alimentos saudáveis para garantir uma dieta equilibrada. Desafios que deverão ocorrer no mundo todo de forma simultânea, razão pela qual os cientistas de todos os continentes precisarão trabalhar em conjunto com um único objetivo: o de garantir a segurança alimentar do Planeta – meta que transcende fronteiras nacionais ou continentais.
Os organizadores do fórum apontam que os desafios futuros são incomensuráveis, mas ressaltam que o arsenal da ciência e de pesquisa são armas poderosas que podem vislumbrar oportunidades e benefícios para vencer os desafios. E é justamente essa a meta que precisa ser alcançada no evento, que conta com a participação do Presidente da Embrapa. Ele vai levar a experiência da instituição em fazer pesquisas com o olhar no futuro, trabalhando de forma multidisciplinar e em grandes redes.
Simpósio Global
O fórum realizado em Washington é um evento integrante do 4º Simpósio Global sobre Agricultura e Segurança Alimentar, intitulado ‘Capitalizando sobre o Poder da Ciência, Comércio e Negócios para Acabar com a Fome e a Pobreza: Uma Nova Agenda para a Segurança Alimentar Mundial’, que está sendo realizado na terça-feira (21), com transmissão ao vivo pela internet.
Conhecido como o Simpósio do Conselho de Chicago, é um dos mais importantes eventos do mundo na área. As discussões que se iniciaram em 2010 serviram de plataforma para o G8 compor, em 2012, a Nova Aliança para a Segurança Alimentar e Nutricional, e já contou com palestrantes como o Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, além da ex-secretária de Estado Hillary Rodham Clinton; o cantor Bono; os chefes de Estado da Etiópia, Gana, Tanzânia e Benin, e numerosos líderes empresariais.
