O município de Chorrochó, no sertão baiano, ficou conhecido como cemitério de vacas. Os animais que não resistiram à estiagem prolongada foram levados para lá.
Entre os descartes está mais da metade do rebanho do criador Paulo de Carvalho. Ele ainda tem cerca de 30 animais para alimentar e apesar da chuva ter começado a cair na região, ainda não há pasto suficiente para o gado. O criador precisa comprar milho para servir de ração.
Para tentar ajudar os criadores do médio São Francisco a superarem os prejuízos causados pela pior seca dos últimos 50 anos na Bahia, as prefeituras da região conseguiram junto a CONAB a instalação de um balcão especial de venda de milho. Já foram descarregadas no local quase 500 toneladas de grãos de um total de três mil que serão vendidas no pólo de Chorrochó.
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A venda direta do milho beneficiará os pequenos produtores rurais da região, que tinham que percorrer mais de 200 quilômetros para chegar ao balcão instalado no município de Paulo Afonso, que era o mais próximo. Cada saca de 60 quilos sai por R$ 18,12 na região, um alívio para os pequenos criadores. No mercado, a mesma quantidade chega a custar R$ 60, preço que eles não conseguem pagar.
