As 115 mil codornas de uma granja em Mogi das Cruzes produzem 7,3 mil dúzias de ovos por dia. Cerca de 80% abastecem empresas da região, que pagam uma média de R$ 4,40 o quilo. Outros 20% vão para supermercados, que remuneram o criador por bandeja. Trinta ovos saem por R$ 1,70.
Para o criador Fernando Tomstski, o preço ainda é satisfatório, principalmente, porque a despesa com ração diminuiu. De agosto do ano passado até fevereiro deste ano, a ração custava R$ 0,90 o quilo, agora, caiu para R$ 0,71 o quilo.
Com a queda nos custos de produção, os criadores de codornas estão otimistas para atravessar este difícil período do ano. Durante o frio, a postura das aves diminui ao mesmo tempo em que elas passam a consumir até 10% a mais de ração.
O criador Roberto Engbruch tem 60 mil aves que diminuíram a postura entre 5% e 8%. Mesmo assim, o criador diz que consegue atender a todos os clientes porque também houve queda nas vendas. “No tempo do frio o consumo do ovo de codorna é menor. O ovo de codorna faz parte mais de prato frio, como as saladas. A ração fica estagnada em torno de R$ 0,70 e você mantendo o preço do ovo em torno de R$ 0,52 a dúzia e R$ 4,10 o quilo, dá para trabalhar, dá para ter uma margem de lucro satisfatória”, diz.