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Agroindústrias

Receita líquida da BRF no segundo trimestre de 2013 somou R$ 7,5 bilhões

O EBITDA ajustado chegou a R$ 910 milhões, 61% acima, com margem EBITDA ajustada de 12,1%, e o lucro líquido atingiu R$ 208 milhões, com margem líquida de 2,8% ante 0,1% no 2T12.

Receita líquida da BRF no segundo trimestre de 2013 somou R$ 7,5 bilhões

A receita líquida da BRF no segundo trimestre de 2013 somou R$ 7,5 bilhões, valor  que representa crescimento de 10% em comparação ao mesmo período do ano anterior. O EBITDA ajustado chegou a R$ 910 milhões, 61% acima, com margem EBITDA ajustada de 12,1%, e o lucro líquido atingiu R$ 208 milhões, com margem líquida de 2,8% ante 0,1% no 2T12.

Entre os fatores que contribuíram para o bom desempenho destacam-se a recuperação gradual das exportações, com o equilíbrio oferta/demanda; desvalorização do real frente ao dólar; evolução de resultados nos segmentos de food service e lácteos; lançamento de 70 produtos, contemplando diversos segmentos.

O lucro bruto totalizou R$ 1,9 bilhão, avanço de 26% ante o 2T12, com aumento de 3,1 pontos percentuais na margem bruta, que passou de 21,8% para 24,9%. O resultado foi favorecido por ganhos relativos à performance comercial e ao arrefecimento de custos das principais matérias primas.

No período, a BRF investiu R$ 390 milhões em Capex. Os recursos foram direcionados a projetos de crescimento, eficiência e suporte, além de ativos biológicos. Receberam investimentos para aumento de capacidade produtiva as unidades de Lucas do Rio Verde (MT), Videira (SC), Ponta Grossa (PR), Capinzal (SC), Tatui (SP) e Uberlândia (MG), assim como para obras de construção de novas unidades de margarinas (PE), queijos (RS), centro de distribuição (RJ) e fábrica de processados no Oriente Médio.

MERCADO INTERNO – As vendas no mercado interno totalizaram R$ 3,1 bilhões (esse valor não computa receitas das áreas de Food Service e Lácteos) no segundo trimestre, aumento de 4,3% na comparação a igual período de 2012. O lucro operacional chegou a R$ 225,4 milhões, evolução de 24%, com margem de 7,3% contra os 6,1% no período anterior.

O desafio da operação da BRF no mercado doméstico nos últimos meses tem sido mitigar efeitos da desaceleração do consumo interno e da redução de um terço do volume de vendas devido à venda de ativos e suspensão de marcas, em cumprimento ao acordo firmado com o CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) na época da fusão. Para tanto, a empresa deu continuidade a estratégias de inovação e diversificação de portfólio.

MERCADO EXTERNO – Recuperação progressiva dos principais mercados internacionais, desvalorização cambial e acomodação dos custos das principais matérias primas favoreceram o desempenho no mercado externo. No 2T13, as exportações atingiram R$ 3,4 bilhões, aumento de 19,4% em comparação ao mesmo trimestre do exercício anterior, enquanto os volumes obtiveram crescimento de 4,9%.

À medida em que a oferta equilibrou-se nos principais mercados e  devido aos efeitos cambiais, o preço médio cresceu 13,8% em reais enquanto os custos médios subiram 8,1%, permitindo a recuperação das margens operacionais, que passaram de 2,3% para 6,4% no período.

A manutenção desse cenário indica boas perspectivas no mercado externo para os próximos meses. A abertura do mercado japonês para suínos e o primeiro embarque já realizado em julho, a melhor estabilidade nos mercados do Extremo Oriente e Europa e a reabertura das importações de suínos pela Ucrânia são fatos que reforçam as expectativas da companhia. 

LÁCTEOS – As receitas na área de lácteos totalizaram R$ 704,8 milhões, 0,4% acima ante a igual período do ano anterior, mesmo com a redução estratégica de 18,8% centrada nos volumes de leite UHT. A margem operacional evoluiu de 0,4% para 3,5%, melhoria proporcionada por lançamentos de maior valor agregado – como iogurtes, queijos e bebidas lácteas –, apesar do aumento de custos de captação de leite em conseqüência da sazonalidade.

Esse desempenho muito acima do ano anterior é fruto de medidas estruturais que vem sendo tomadas pela BRF nesse segmento e em razão da conjuntura mais favorável.

FOOD SERVICES – A área de food services fechou o trimestre com receita líquida de R$ 360,2 milhões, crescimento de 2% em relação ao exercício de 2012. Esse mercado enfrentou cenário adverso entre maio e junho, com desaceleração de consumo provocado pelo menor consumo fora do lar afetado especialmente pela inflação de alimentos.

Apesar desse cenário de baixo crescimento, destaca-se a recuperação de rentabilidade, com margem operacional de 10,2%, 1,1 ponto percentual acima. O resultado operacional chegou a R$ 36,6milhões, crescimento de 14,3% em comparação ao ano anterior.

MERCADO ACIONÁRIO – As ações da BRF encerraram o trimestre cotadas a R$ 48,45 na BM&FBovespa, com valorização de 8,6%. O desempenho superou muito a variação do Ibovespa, índice que reúne as ações de maior liquidez na bolsa brasileira, que apresentou variação negativa de 15,8%.

RECEITA CRESCE 11,8% NO 1º SEMESTRE

No acumulado do ano, a receita líquida da BRF chegou a R$ 14,7 bilhões, crescimento de 11,8% em comparação ao primeiro semestre de 2012. As vendas chegaram a três milhões de toneladas, na soma dos negócios de carnes, lácteos, processados e demais produtos comercializados pela companhia. O lucro líquido foi de R$ 567 milhões, aumento de 255%.

O lucro bruto no período totalizou R$ 3,6 bilhões, 26,2% superior ao primeiro semestre do ano passado, favorecido pela melhor performance dos mercados e arrefecimento da pressão de custos. O EBITDA ajustado alcançou R$ 1,8 bilhão, aumento de 61%, com margem de EBITDA de 12% ante 8,3% ao exercício anterior.

No mercado interno, as receitas atingiram R$ 6,2 bilhões, crescimento de 4,2%, mesmo com os efeitos do TCD, e o lucro operacional chegou a R$ 642,3 milhões, avanço de 37,9%.  No período, as exportações somaram R$ 6,5 bilhões, evolução de 24,7%. E os volumes embarcados totalizaram 1,3 milhão de toneladas.

Destaque no período para o crescimento do valor de mercado da companhia, que foi de 59,6% em relação ao primeiro semestre de 2012, chegando a R$ 42,3 bilhões. No primeiro semestre deste ano, o desempenho das ações, com valorização de 14,8%, superou significativamente o Ibovespa, que apresentou variação negativa de 22,1%, conferindo à BRF a melhor rentabilidade entre as empresas mais líquidas do Ibovespa no ano.