Os mercados de grãos oscilaram sem direção clara ontem, com os investidores à espera de sinais precisos sobre o clima no cinturão agrícola dos Estados Unidos. Na bolsa de Chicago, os contratos de soja para entrega em novembro fecharam praticamente estáveis (0,16%), a US$ 13,7275 por bushel.
Já o milho caiu pelo segundo dia seguido. Os contratos para entrega em dezembro fecharam em baixa de 1,13%, a US$ 4,8075 por bushel. Com isso, o milho já devolveu mais da metade da alta de 6,5% registrada na segunda-feira – o preço de ontem ficou apenas 2,3% acima do fechamento da semana passada.
O trigo acompanhou o movimento e também fechou em baixa. Os contratos para dezembro recuaram 0,64%, a US$ 6,5950 por bushel.
Conforme analistas, a previsão de chuvas para o fim de semana no Meio-Oeste aliviou a preocupação com a recente onda de calor que tomou conta dos Estados produtores de grãos. Entretanto, ainda há incertezas em relação ao volume e à extensão das precipitações.
Iowa e Illinois, que estão entre os principais produtores de grãos do país, devem ser pouco favorecidos por essas chuvas. “Não há nenhuma chuva muito expressiva [no radar], mas já ajuda”, afirma Vinícius Xavier, consultor da FCStone.
De acordo com ele, a expectativa é que as lavouras de soja consigam suportar o estresse hídrico pelo menos até o fim da semana que vem. Até o momento, diz, as lavouras estão em situação considerada “muito boa”.
Os campos de soja estão em uma fase crucial de desenvolvimento – a de formação e enchimento dos grãos. As plantações de milho já atravessaram sua fase mais sensível, mas ainda podem sofrer perdas de rendimento.