A revisão da planilha de custos da produção de frango no território catarinense foi tema central da reunião do Comitê Paritário de Avicultura do Estado de Santa Catarina, na última semana, em Chapecó. O colegiado reúne representantes de produtores rurais e das indústrias de abate e processamento de aves e tem a chancela das duas principais instituições do setor a Associação Catarinense de Avicultura (ACAV) e o Sindicato Patronal dos Criadores de Aves do Estado de Santa Catarina (SINCRAVESC). Além disso, a atualização e elaboração das planilhas contam com o apoio da EMBRAPA.
Em Santa Catarina, estima-se que são mais de 20 mil produtores que trabalhem na avicultura. As regiões com maior concentração de produção são o oeste, sul e rio do peixe. “A atividade está em plena ascensão o que comprova a importância de aferirmos os custos, de modo a assegurar a sustentabilidade do negócio para todos os envolvidos na cadeia de produção”, observou Rossato.
Também foram abordados os gargalos da avicultura, encaminhamentos para problemas crônicos a exemplo da logística e encargos tributários e trabalhistas da atividade. Para o representante da ACAV, outras preocupações do setor estão relacionadas à escassez da mão de obra no campo e o custo da lenha e maravalha em determinadas regiões do Estado.
As reuniões do Comitê e ocorrem de 60 a 90 dias, nos municípios de Chapecó ou Florianópolis. De acordo com o presidente do Sincravesc, Valdemar Vicente Kovaleski, nos encontros são discutidos todos os assuntos que afetam o setor. “Na planilha de custos para o produtor de frango o problema que mais afeta a rentabilidade da atividade é o elevado valor da mão de obra e os investimentos nas instalações para atender as exigências de mercado”, observou.
Segundo Kovaleski, a planilha dará suporte para toda a discussão de definição de parâmetros de como será as diretrizes de produção no setor em Santa Catarina.