“Sem a agricultura o Brasil para”, afirmou durante a abertura do primeiro Fórum Brasil Central do Agronegócio, que foi realizado em Sinop (503 quilômetros ao norte de Cuiabá).
Andrade contou que ao sobrevoar a cidade antes da aterrissagem, foi possível entender, ainda mais, porque Mato Grosso é considerado o celeiro do país. “Lá de cima a gente vê essa pujança toda”. E por causa dos resultados do campo é que o ministro afirma que o segmento vai muito bem, “entraves e gargalos existem, mas da porteira para dentro nos tornamos os maiores produtores de soja do mundo. Tanto pelo aspecto da produção, produtividade como na exportação, nós superamos os Estados Unidos”. Como reforçou, tudo que depende do Ministério, da articulação do Mapa está caminhando e caminha bem.
A previsão do Ministério para 2013 era de exportar 15 milhões de toneladas de milho, mas o ano, conforme Antônio Andrade, vai fechar com mais de 20 milhões de toneladas embarcadas, que, se confirmadas, adicionarão mais de 15 milhões ao saldo do exercício 2013.
“O Ministério tem plena ciência dos problemas com o preço da saca do cereal e nesta tarde, saindo daqui de Sinop, volto para Brasília para uma reunião interministerial para tratar de mais recursos para leilões”, anunciou. Ainda no seu discurso, o ministro disse aos produtores que a questão de ferrugem asiática e da lagarta Helicoverpa estão na pauta de trabalho da sua equipe. “Estamos tratando disso com muito carinho”. A ferrugem e a lagarta são hoje, sob o ponto de vista da fitossanidade, as maiores ameaças à renda e a produtividade do produtor.
O secretário de Política Agrícola do Mapa e produtor em Mato Grosso, Nery Geller, diz que o Mapa está sempre em defesa da viabilidade do setor. “E dentro do ministério estou fazendo de tudo para que o setor supere os entraves burocráticos, afinal, um país cuja agricultura cresce na casa de 10% a 15% ao ano mostra a cada safra seu potencial”.
Sobre o evento, Geller destacou que o Fórum e outros encontros como esses mostram que o setor está cada vez mais organizado e buscando o apoio governamental.
O FÓRUM – Essa foi a primeira visita que o ministro fez ao Estado desde que assumiu o cargo em março deste ano. O Fórum está reunido produtores, acadêmicos, advogados e lideranças políticas e ruralistas para debater quatro temas considerados os grandes gargalos do agronegócio mato-grossense, as questões logísticas, trabalhistas, indígena e a biotecnologia.
Todos os assuntos que serão debatidos terão as suas sugestões e deliberações oficializadas em documento e serão enviadas às esferas governamentais competentes. “Sei que deste Fórum vai sair muita coisa boa e que será implementada em breve”, afirmou o prefeito de Sinop, Juarez Costa (PMDB).
Como destacou o presidente da Assembleia Legislativa do Estado, José Riva, o Estado vem superando seus entraves com a força do campo, “mas os problemas da infraestrutura viária e de armazenagem precisam ser sanados”. Amanhã, dia 20, o tema logística será debatido e vai contar com a presença do diretor geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit), Jorge Fraxe.