A partir desde mês, além de etanol, a Usina Pedro Afonso da Bunge Brasil, instalada em cidade do mesmo nome, no Tocantins, passa a produzir e comercializar bioeletricidade. O processo, chamado de cogeração, consiste na queima do bagaço da cana, o que gera vapor e, por sua vez, energia elétrica. O bagaço é um resíduo da produção de etanol, por isso, a energia gerada é 100% limpa. Uma parte dela será utilizada internamente para operar a usina, tornando-a autossuficiente, e o restante será disponibilizado ao sistema elétrico nacional.
A Usina Pedro Afonso tem potência instalada de 80MW, sendo 45MW a potência disponível para fornecimento ao sistema elétrico nacional. Por ano, a unidade poderá contribuir com até 230 mil MWh de bioeletricidade para o sistema. A Usina já comercializou toda essa energia por meio de contrato com a CCEE – Câmara de Comercialização de Energia Elétrica, firmado a partir de leilão público, para o fornecimento de 70.080 MWh em 2013 e 163.812 MWh/ano até o término do contrato em 2027, totalizando 2.363.448 MWh. “Este montante é suficiente para abastecer uma cidade de cerca de 320 mil habitantes por 15 anos”, destaca Ricardo Santos, vice-presidente de Açúcar & Bioenergia da Bunge Brasil. O fornecimento dessa energia será feito através da rede de energia elétrica da Eletronorte, no Tocantins.
Atualmente, a Bunge gera internamente 63% da energia elétrica que consome em todas as suas unidades no país. Além da Usina Pedro Afonso, outras cinco usinas da Bunge Brasil já comercializam bioletricidade por meio da cogeração: Santa Juliana e Frutal (em Minas Gerais), Monteverde (no Mato Grosso do Sul), Ouroeste e Moema (em São Paulo).
A Usina Pedro Afonso
Pedro Afonso, a primeira usina greenfield (construída do zero) da Bunge no País, possui capacidade de moagem de 2,5 milhões de toneladas de cana-de-açúcar por ano. Utilizando o que há de mais moderno em tecnologia, a Usina realiza plantio e colheita totalmente mecanizados e gera mais de 1.300 empregos na região.
Quando foi inaugurada, em julho de 2011, a unidade recebeu investimentos da ordem R$ 600 milhões e, mais recentemente, para viabilizar a cogeração de energia, foram investidos adicionalmente cerca de R$70 milhões. “A aposta no Tocantins se mostrou correta e os resultados estão correspondendo às nossas expectativas”, afirma Ricardo.
O executivo ressalta que os municípios da região de Pedro Afonso têm alto potencial, mas, para atrair o investimento de outras empresas, necessita melhorar e ampliar os serviços públicos, principalmente nas áreas de educação e capacitação profissional. A Bunge, por meio da Fundação Bunge, investe nessas áreas com projetos de formação de educadores, de jovens (projeto Juventude Integrada) e de mão de obra, em parceria com as secretarias municipais de educação da região. Além disso, a abertura de 80 vagas no Colégio Agrícola de Pedro Afonso para curso técnico em Açúcar e Álcool, em parceria com a Secretaria de Educação e Cultura, e a formação e inclusão de 40 jovens aprendizes na Usina, em parceria com o Senai/TO, são alguns exemplos de investimentos sociais privados realizados na região.