“O sistema cooperativo ampliou o relacionamento com os produtores associados e favoreceu as transações comerciais, o que consequentemente fortaleceu todo o processo de produção”, realçou o presidente da Coopercentral Aurora Alimentos, Mário Lanznaster, sobre os resultados das conquistas da Indústria Aurora de Chapecó (IACH) – a unidade industrial mais antiga da cooperativa – que festejou na última sexta-feira (18), 40 anos de atividades, com café comemorativo no Salão de Festas da Ser Aurora de Chapecó. Participaram do evento aproximadamente 100 pessoas, entre lideranças da cooperativa, funcionários, ex-funcionários da unidade e entidades parceiras.
Lanznaster relatou o histórico da cooperativa, bem como da unidade industrial, contextualizando fatos econômicos que marcaram a época. Também resgatou os desafios enfrentados e fez um comparativo com as tecnologias implantadas na contemporaneidade para dinamizar o processo produtivo. “A cooperativa é eficiente, tem produtos de qualidade e disputa de igual para igual com grandes empresas no mercado nacional e internacional. Se os gestores têm domínio sobre os detalhes da produção o empreendimento tem sucesso”, complementou.
Para o presidente da Coopercentral Aurora Alimentos três pontos são fundamentais para manter o sistema cooperativista eficiente: campo (controle na produção e orientações para o associado), indústria (necessariamente ultraeficiente para produzir o melhor produto) e comercial (os clientes precisam ter um bom conceito da marca).
Lanznaster também avaliou o ano como positivo, principalmente porque reduziu o valor da saca de milho no comparativo com o mesmo período do ano passado. Anunciou investimentos nas unidades da cooperativa para os próximos anos e ampliação no número de abates de suínos com meta de atingir 18.500 por dia até 2016 e 950 mil aves dia até 2014. Por fim, cobrou a implantação da ferrovia para garantir a geração de emprego e renda no sul do País.
Emocionada a gerente da IACH, Maria Elizabeth Mezaroba, relatou que a unidade marcou o início de uma nova era, na qual os produtores rurais do grande oeste deixaram de ser meros fornecedores de matéria-prima para se transformarem em industrializadores de proteína para alimentar o Brasil e o mundo.
Para o casal, Avelina Pires e Valdir Pires, que trabalharam 32 anos na Aurora, prestigiar o café comemorativo foi um reconhecimento. “Não esquecemos o período que trabalhos na cooperativa, porque foi muito bom, representa uma vida, amizades feitas, conhecimento adquirido e conquistas por meio do trabalho”, explicaram. Atualmente, o casal, tem uma filha e um genro que trabalham na Aurora. Valdir contou orgulhoso que a filha atua na cooperativa há 23 anos.
IACH
Atualmente a unidade possui 672 colaboradores diretos e 69 trabalhadores terceirizados. A produção da IACH é voltada para o mercado interno e é composta mensalmente por 1.200 toneladas de cozidos, 350 toneladas de fatiados, 750 toneladas de empanados e 130 toneladas de curados. “Esses números, embora expressivos, não revelam tudo. O que ocorreu aqui foi uma metamorfose que, sem exageros, modificou o futuro do cooperativismo agropecuário sulbrasileiro, naquele histórico processo de emancipação das classes produtoras capitaneado pelo Aury Luiz Bodanese e, hoje, perpetuado por Mário Lanznaster, Neivor Canton e Marcos Antônio Zordan”, enfatizou Maria Elizabeth.
A capacidade diária da unidade é de 113 mil quilos, sendo 60 mil de cozidos, 7.918 de curados, 30.200 de empanados e 14.800 de fatiados. Os produtos da linha cozidos são linguiça portuguesa, paio, calabresa mista defumada e calabresa reta. Da linha de curados são salame e copa. Da linha empanados são Auroggets Granel (5 kg), Auroggets caixeta (300 gr), Auroggets zip (1 kg), Steak Aurora, Steak Peperi e Steak suíno.
Na linha de fatiados são produzidos o presunto cozido, apresuntado, copa fatiada, salame fatiado, mortadela de frango, mortadela Bologna, mortadela defumada, lombo cozido, peito light e linguiça fininha.