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Agroindústrias

Brasil Foods comenta condição de trabalho denunciada pela BBC

A BRF justificou hoje a contratação terceirizada de refugiados muçulmanos em sua unidade de abate de frangos de Samambaia (DF).

Brasil Foods comenta condição de trabalho denunciada pela BBC

A BRF – Brasil Foods justificou hoje a contratação terceirizada de refugiados muçulmanos em sua unidade de abate de frangos de Samambaia (DF), destacada em reportagem da “BBC Brasil” que denunciou que esses estrangeiros estariam submetidos a condições de trabalho análogo à escravidão.

A BRF confirmou, em nota, a terceirização do serviço de abate halal. Segundo a companhia, a medida é uma exigência de mercados islâmicos. “De acordo com tais exigências, o trabalho deve ser executado por funcionários muçulmanos que sejam vinculados a uma entidade certificada pelas autoridades daqueles países. Portanto, a contratação terceirizada é uma necessidade”, afirma comunicado da empresa.
A companhia não faz menção ao ritmo de trabalho exigido para a tarefa. Segundo a “BBC Brasil”, o muçulmanos contratados para o serviço devem degolar cerca de 75 frangos por minuto pelo método halal.
Segundo a BRF, os funcionários terceirizados “cumprem jornada de trabalho equivalente aos trabalhadores contratados diretamente pela empresa. Durante o período em que permanecem no interior da planta, eles estão sujeitos às mesmas condições dos demais trabalhadores da unidade”, diz nota. A BRF informou ainda que exige que o fornecedor apresente regularmente os comprovantes de recolhimento das contribuições trabalhistas, sociais e fiscais.
O comunicado também não cita informação de que um grupo de 25 funcionários moraria em duas casas cedidas pela CDIAL Halal, empresa terceirizada pela BRF. Conforme relato de um ex-funcionário à publicação, os muçulmanos dormiam “sempre em alojamentos apinhados de estrangeiros, que se revezavam nas poucas camas disponíveis”, diz reportagem da “BBC Brasil”.