A estimativa divulgada na quinta-feira (08), aponta produção de 157,8 milhões de toneladas, redução de 3% em relação ao obtido na safra anterior. “O grande vilão nesta safra foi a estiagem, não foi tecnologia, não foi capacitação do produtor, não foi matéria-prima”, explica Caio Rocha, secretário de Política Agrícola.
A novidade da divulgação não está na redução da safra, já que este é o sexto levantamento divulgado pela CONAB e em todos houve a indicação de problemas causados pela estiagem. A surpresa ficou por conta da melhora nas condições de algumas lavouras, o que contribuiu para que a estimativa apontasse crescimento de quase 755 mil toneladas em relação à divulgada no mês passado.
A previsão para o milho primeira safra subiu para 61,7 milhões de toneladas, 870 mil a mais do que o previsto em fevereiro. O feijão melhorou o desempenho em 170 mil toneladas e a produção de arroz terá incremento de mais 100 mil. A cultura que continuou caindo nesta estimativa foi a soja, que terá redução em relação ao previsto em fevereiro de 480 mil toneladas.
A estimativa da Conab é que a safrinha de milho chegue a 25,8 milhões de toneladas, 20% mais que o produzido na safrinha passada.
O IBGE, que segue um calendário agrícola diferente do da Conab, também divulgou uma nova estimativa para a safra de grãos. Segundo o instituto, o Brasil deve colher 157,5 milhões de toneladas, 0,8% menos que o previsto no mês passado. Em relação à colheita de 2011, a queda é de 1,5%.