Uma suinocultura que jamais poupou esforços para avançar. Mas que hoje precisa de ajuda para prosseguir. Assim é a atividade adotada pelos produtores de suínos de Santa Catarina. Com uma crise, que traz prejuízos diários, muitos repensam sobre ficar na atividade. “Os produtores estão em crise, tem contas para pagar, e o que é mais triste, eles estão desanimados. Na última semana houve uma pequena reação de preço, mas não é suficiente”, destaca o presidente do Núcleo Regional de Criadores de Suínos de Braço do Norte, Adir Engel.
Desistir, pois o que passa pela cabeça dos produtores, em pleno ano de 2012 é que as exportações seguem crescentes e o mercado interno aceitando a carne suína como um prato cada vez mais comum. Onde está o problema? Para Engel é preciso de apoio do governo. “Sabemos que o governo não é responsável por resolver a crise, mas é responsável por amenizar o problema, e isso não está acontecendo, a desistência será inevitável”, acrescenta.
Redução que pode ser provocada pela reação do mercado. Sem apoio do governo para trazer milho mais barato ao estado catarinense e sem a redução de impostos, não há como equilibrar preço e custo de produção. “Os produtores e suas entidades estão buscando esse apoio, mas não estão conseguindo. É o descaso com a atividade, com a produção de alimentos”, pontua Engel.
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A ACCS e os produtores buscam implantar um Preço Justo para a Suinocultura, que exista um mínimo para que empregos e renda possam ser mantidos, já que essa é uma preocupação clara do Brasil. É preciso fazer com que eles parem de pagar para alimentar a sociedade. “Devíamos ter uma garantia de preço, ou pelo menos, a sensibilidade do governo em conquistar mercado. Vejo a falta de interesse pelo nosso governo, não há controle, e sim excesso de carnes, assim não dá para produzir, não conseguimos continuar”, destaca o presidente do Núcleo Municipal de Criadores de Suínos de Tunápolis.
Para o presidente do Núcleo Regional de Criadores de Suínos de Seara, Jacob Biondo, com a situação atual da suinocultura em pouco tempo faltará alimentos para a população. “Preço Justo, precisamos deste apoio, produzimos alimento e ter um rendimento sobre isso é o mínimo”, finaliza Biondo.
