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Congresso Mundial de Sementes destaca benefícios do uso da biotecnologia agrícola

Abrasem fala sobre aumento de produção com preservação de área.

Produzir mais alimentos dentro de uma mesma área preservando o meio ambiente são os principais benefícios da biotecnologia destacados durante o World Seed Congress, que aconteceu até o dia 28 de junho (quinta-feira), no Rio de Janeiro. No maior evento de sementes do mundo, que reúne as principais autoridades no assunto, as sementes com tecnologia foram ressaltadas pela sua importância no desenvolvimento das lavouras e garantia da segurança alimentar mundial, com manutenção sustentável da agricultura.

Durante apresentação da Associação Brasileira de Sementes e Mudas (ABRASEM), o agricultor brasileiro foi citado como heroi, por alcançar resultados memoráveis mesmo em condições adversas. Para a entidade, ainda são necessárias políticas agrícolas mais efetivas para garantir o desenvolvimento do setor. “O Brasil ainda tem algumas dificuldades na produção e no comércio de sementes como, por exemplo, a pirataria . Apesar disso, já somos o 4° na lista de produção de sementes no mundo, com lucro de 2,6 bilhões de dólares, e é isso que temos que comemorar”, afirma o presidente da ABRASEM Narciso Barison Neto.

A entidade divulgou, recentemente, estudo que mostra que a cada R$ 1 investido em biotecnologia ao adiquirir uma saca de sementes em 2011, o produtor obteve, em média, R$ 2,61 de retorno adicional na produção de milho, R$ 1,59 na de soja e R$ 3,59 na de algodão. Essa foi a primeira vez que foi possível calcular o ganho real sobre a margem operacional da produção. Além disso, em 10 anos, a biotecnologia poderá gerar US$ 124 bilhões em benefícios para a agricultura brasileira. Em relação aos ganhos ambientais, a mesma pesquisa provou que a tecnologia nas sementes evitará o uso de 149 bilhões de litros de água nos próximos 10 anos, o que equivale a um volume suficiente para atender 3,4 milhões de pessoas.

A Associação Brasileira de Sementes e Mudas (Abrasem) representa os vários segmentos do setor de sementes e mudas no Brasil, desde a parte inicial do ciclo de produção agrícola, levando assistência técnica aos produtores rurais, apoiada na pesquisa e desenvolvimento de novas variedades de plantas que melhor se adaptem às variadas condições geográficas do país. A entidade foi fundada em 1972 e reúne 13 associações de produtores de sementes e mudas, 126 laboratórios, 332 unidades de beneficiamento, 1,2 mil unidades armazenadoras, além do segmento de pesquisa (obtentores). A Abrasem congrega 620 produtores associados, 42 mil agricultores, 4,4 mil técnicos e 16,6 mil vendedores, além de gerar 1,4 milhão de empregos diretos e indiretos.