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Economia

"Mais Alimentos" deve alcançar R$ 3,5 bilhões

Viana Leite: expectativa de expansão do programa para o Norte e Nordeste.

"Mais Alimentos" deve alcançar R$ 3,5 bilhões

O Mais Alimentos, linha de crédito que financia investimentos para a modernização das propriedades rurais familiares, do Ministério do Desenvolvimento Agrário, deve atingir contratações de R$ 3,5 bilhões no ano-safra 2012/13, que se encerra em junho do próximo ano. A estimativa é do coordenador do programa, Marco Antonio Viana Leite.

As expectativas foram revisadas e, segundo Viana Leite, o desempenho registrado no ciclo 2011/12 surpreendeu ao registrar crescimento das contratações em 4,9% sobre o período anterior, para R$ 3,12 bilhões (levantamento preliminar).

Praticamente todos os Estados apresentaram crescimento no número de contratos desde o ciclo 2008/09, quando teve início o programa, de acordo com Viana Leite. “Caso a agricultura continue avançando, a gente vai ter a possibilidade de estabilizar vendas em torno de R$ 3 bilhões por ano”, prevê.

O coordenador do Mais Alimentos acredita que o programa continuará a ter expansão nos próximos três anos em várias regiões do país, especialmente Norte e Nordeste. Segundo ele, com base em estudo realizado pela Esalq (Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”), existem 31 milhões de terras agricultáveis nas duas regiões.

Um levantamento feito no Rio Grande do Sul, o Estado que mais aplicou recursos do programa no primeiro ano do Mais Alimentos, apontou que em 2008/09, 76% do valor financiado correspondia a tratores. Em 2011/12 (números ainda não consolidados), o percentual para o produto recuou para 36%, enquanto houve aumento para outros produtos: 11% para colheitadeiras e 21% para máquinas e implementos.

Duas portarias para regularizar o Mais Alimentos e a vertente internacional do programa devem ser publicadas até o fim da próxima semana. A portaria sobre o Mais Alimentos Internacional deve regulamentar a formação de preço e a habilitação das empresas participantes no programa. Efetivamente nenhuma máquina foi exportada para os países que já firmaram acordo com o Brasil. Mas a expectativa é que até o fim do ano comecem os embarques.