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Suinocultura

Folador ministra palestra na primeira edição do seminário de integrados

Presidente da Acsurs fala sobre o preço do suíno e tendências do setor para os próximos anos.

Presidente da Acsurs
Presidente da Acsurs

O Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Estrela promoveu, no dia 30 de agosto, a primeira edição do Seminário de Integrados de Estrela. O encontro ocorreu em Novo Paraíso, interior do município, e contou com a palestra do presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs), Valdecir Luis Folador, que falou sobre o cenário da suinocultura gaúcha e brasileira, sobre os desafios do produtor integrado e suas responsabilidades ambientais e apresentou o trabalho desenvolvido tanto pela entidade quanto pela Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), entidade a qual a Acsurs é filiada.

De acordo com Folador, o Brasil é o quarto maior produtor de carne suína no mundo e o quarto maior exportador. Já o Rio Grande do Sul é o segundo maior produtor e maior exportador no Brasil. Os últimos dados revelam que a suinocultura é responsável pelo sustento de 599.916 mil pessoas de forma direta e indireta no Estado, o que corresponde a cerca de 176 mil famílias ou seja, 5,5% da população gaúcha, e está presente em 308 municípios.

Após a explanação dos dados, seguiu-se um debate. Entre os assuntos levantados, o preço pago pelo quilo do suíno vivo. “Grande oferta do produto ou diminuição do consumo da carne suína?”, questionou um produtor, fazendo referência ao baixo valor pago ao suinocultor. “A questão preço varia muito conforme a oferta e a demanda do mercado”, disse o presidente. Segundo Folador, hoje a produção de suínos é maior que a necessidade de compra do mercado. Ou seja, produz-se mais que o necessário. Quanto ao baixo consumo, ressaltou que ainda há muito preconceito em relação à proteína e que, através de ações desenvolvidas pela entidade em parceria com a ABCS, através do Programa Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (PNDS), o objetivo é que se aumente a ingestão da carne suína, que hoje é de 15 quilos ao ano. Até 2015, a ideia é de que cada brasileiro consuma até 18 quilos da proteína ao ano. Atualmente, a cada 100 quilos de carne suína produzida, em torno de 65 quilos é industrializada. Ou seja, um percentual pequeno de carne suína é disponibilizado ao consumidor em peças in natura, utilizadas no preparo de pratos ou para churrascos. 

Outra questão debatida foi o aumento do número de suinocultores que desistem da atividade. “Há uma tendência em reduzir-se o número de produtores dentro do Estado, devido às exigências impostas pelas empresas integradoras”, refletiu Folador, informando que cerca de 90% dos suinocultores gaúchos são integrados. A tendência é de que em quatro ou cinco anos o número de produtores diminua ainda mais.