A diretoria da Organi-zação das Cooperativas do Paraná (Ocepar) esteve reunida na manhã de ontem (07), no estande da associação, no Show Rural Coopavel, em Cascavel. Na oportunidade, o presidente da Ocepar, João Paulo Koslovski, apresentou um balancete do ano de 2010 e falou sobre demandas que há no setor para este ano.
“No ano passado, o primeiro semestre foi considerado difícil para o agronegócio, mas depois, em todos os setores, percebemos a recuperação e as cooperativas conseguiram fechar o ano com R$ 25 bilhões a R$ 28 bilhões de movimentação econômica, cerca de 600 mil cooperados e um 1,4 milhão de postos de trabalho”, cita. Além disso, ele expôs que em 2010 as cooperativas paranaenses apresentaram um resultado financeiro de R$ 1,6 bilhão em exportação. “As cooperativas do Paraná representam mais de 40% das exportações brasileiras. Todas as cooperativas que já realizaram suas assembleias anuais apresentaram resultados positivos”, comemora.
Para 2011, anuncia o presidente da Ocepar, a previsão é de que as cooperativas paranaenses façam um investimento no Estado de R$ 1,3 bilhão, sendo que 70% a 80% disso serão nas suas agroindústrias. O restante será em tecnologia e infraestrutura, especialmente em armazenagem, que é um dos gargalos dessas entidades atualmente. “Esse é um problema no Brasil inteiro e também para as empresas privadas. Nós estaremos empenhados para buscar uma solução”, garante.
Koslovski destaca que a Ocepar iniciou o ano com o pé direito, tendo em vista a publicação da portaria que desburocratiza e torna mais rápido o processo de emissão de autorização para captação de água, processo que era muito lento até então. Ele cita que o documento poderia levar até dois anos para ser emitido.
Agora, para propriedades que tenham captações e derivações não tratadas até o limite de 43 mil litros de água por dia, o próprio produtor poderá emitir um termo de declaração a respeito desse consumo, enquanto para quem usa volume superior, a outorga deverá ser emitida, impreterivelmente, em cerca de 15 dias. “Esse documento é necessário para pedidos de financiamento às instituições financeiras e muito produtor era prejudicado pela falta dele. Agora, cerca de 400 mil propriedades rurais de pequeno porte do Paraná já estão sendo beneficiadas”, relata.
Na prática, a medida permite que o próprio produtor declare que faz uso de pouca água para suas atividades e apresente à instituição financeira. Esta não pode mais exigir uma outorga definitiva e posteriormente devem enviar a autodeclaração do agricultor ao Instituto das Águas do Paraná, que fará o cadastramento, fiscalização e controle quantitativo e qualitativo do uso da água.
“Essa medida acaba com milhares de pedidos emperrados aguardando aprovação e torna o Paraná um Estado mais dinâmico no processo de outorga de água em propriedades rurais”, afirma o presidente da Ocepar.