Cerca de 28 estabelecimentos brasileiros de carnes de aves, bovinas e suínas receberão a visita de uma missão veterinária russa a partir desta segunda-feira (4/4). Desse total cinco serão referentes a plantas exclusivas de abate e processamento de carne de frango e duas de aves e suínos. A iniciativa visa a renovar as licenças de empresas brasileiras exportadoras e foi solicitada pelo Ministério da Agricultura daquele país.
A missão, composta por oito veterinários, será dividida em quatro grupos que inspecionarão empresas localizadas nos estados do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Rondônia, Pará, Minas Gerais, São Paulo e Goiás. O grupo, que fica no Brasil até o dia 15 de abril, será acompanhado por representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e receberá apoio da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), e da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carnes Suínas (Abipecs).
No bimestre janeiro/fevereiro foram embarcadas para aquele país 11,1 toneladas de carne de frango, uma alta de 12,3% na comparação com o mesmo período do ano passado. A receita atingiu US$ 19,93 milhões, um aumento de 6,5% na comparação com igual período de 2010.
Segundo o Presidente Executivo da Ubabef, Francisco Turra, a solicitação do governo russo para a revisão das licenças mostra que o país, apesar das recentes restrições impostas, está atento a que o Brasil pode voltar a ser um importante fornecedor de carne de frango para aquele país.
“A Rússia é o segundo maior mercado de proteína animal do mundo e um importante parceiro comercial para o qual temos trabalhado diuturnamente para aumentar as exportações do nosso produto. Hoje o Brasil ainda está restrito a cota estabelecida pelos russos, assim como tem que atender à norma estabelecida contra a exportação de carne congelada, por isso, acredito que a renovação das licenças de exportação mostra o reconhecimento do trabalho que temos desenvolvido, assim como da qualidade e da sanidade de nosso produto. Além disso, nessas negociações esperamos que predomine a vontade do consumidor russo, que tem preferência pela carne de origem brasileira”, ressaltou Turra, referindo-se à opinião manifestada por um líder de associação de consumidores daquele país.