Após passar seis meses patinando aquém do bilhão de dólares, a receita cambial das carnes voltou a superar essa marca. Em março, conforme a Secex, as exportações in natura das carnes bovina, suína e de frango renderam para o País US$1,100 bilhão, aumentando 20% e 22,6% sobre, respectivamente, o mês anterior e o mesmo mês do ano passado. A maior contribuição (perto de 55% da receita total) veio da carne de frango.
Comparativamente a março de 2010, o melhor desempenho foi o da carne bovina, que mesmo enfrentando recuo de volume de 0,72% obteve incremento de 35% no preço médio e com isso, viu sua receita cambial aumentar 34%. O frango veio a seguir: o aumento de volume foi inferior a 2%. Mas como o preço médio aumentou cerca de 19%, a receita cambial subiu mais de 21%. Apenas a carne suína não teve aumento na receita cambial, apesar de seu preço médio ter aumentado 12%. É que o volume embarcado recuou 13% e, com isso, a receita cambial foi 2,73% menor.
Comparativamente ao mês anterior, fevereiro de 2011, as três carnes apresentaram resultado positivo. E não foi só porque março teve um dia útil a mais, garantindo maior número de embarques: o preço médio também melhorou (entre 1,85% e 4,09%), assegurando à receita cambial expansão que variou entre 18,25% e 21,06%.
A despeito da receita cambial das três carnes ter alcançado resultado excepcional, o recorde registrado em setembro de 2008 ainda não foi batido. Mas os US$1,100 bilhão alcançados em março corresponderam a 93,5% do recorde de US$1,176 bilhão. Ou seja: a superação desse valor pode estar próxima.