A Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, uma das 47 unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, a Emater-DF e a Universidade de Brasília – UnB promovem no dia 13 de abril, de 8h30 às 12h30, no Campo Experimental Sucupira, um dia de campo sobre conservação e exploração comercial de raças naturalizadas de suínos. O objetivo é conscientizar os pequenos produtores do Distrito Federal sobre a importância de conservar e produzir essas raças que, por serem mais rústicas e não necessitarem de tanta tecnificação, podem ser uma ótima opção de aumento de renda para os pequenos agricultores.
A Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia mantém desde a década de 80 um programa de conservação de raças de animais domésticos conhecidas como locais ou naturalizadas, que inclui bovinos, suínos, caprinos, ovinos, equinos, bubalinos e asininos. Essas raças são chamadas de naturalizadas, pois se encontram no Brasil há séculos, muitas desde a época da colonização, e, por isso, detêm características de rusticidade e adaptabilidade adquiridas ao longo do tempo. Esses animais são conservados em Núcleos de Conservação distribuídos por todo o país, o que possibilita a preservação das características de interesse, já que são preservados em seus habitats.
Um desses Núcleos de Conservação está localizado no Campo Experimental Sucupira, de propriedade da Embrapa a cerca de 30 km do Plano Piloto, no Distrito Federal, onde se encontram cerca de 200 animais, entre suínos, bovinos, equinos, caprinos e ovinos, entre outros.
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Suínos rústicos: boa opção como fonte de renda para pequenos produtores
Visando à difusão das raças naturalizadas de suínos, a Emater-DF, a Embrapa e a UnB decidiram fazer o evento no Campo Experimental Sucupira, pois lá os cerca de 100 produtores que participarão do dia de campo terão a chance de conhecer in loco cinco dessas raças: Piau, Moura, Nilo, Monteiro e Caruncho.
Segundo o pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Alexandre Floriani, o objetivo é conscientizar os produtores do Distrito Federal sobre a importância de conservar raças nacionais de suínos. “Pela rusticidade, esses animais dispensam um nível alto de tecnificação na sua criação e, por isso, representam uma ótima alternativa de fonte de renda para os pequenos agricultores da região”, explica.
O dia de campo será dividido em quatro estações: na primeira, os produtores vão conhecer, em linhas gerais, o programa de conservação e exploração comercial de suínos de raças naturalizadas, liderado pela Emater-DF e desenvolvido em parceria com a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia e a UnB. Na segunda, será abordada a parte de genética e conservação desses animais pela Embrapa; na terceira, o manejo, ou seja, como criar os animais, pela Emater-DF e na quarta e última, a sanidade, que será apresentada pela UnB, abordando os cuidados sanitários necessários à produção dos suínos naturalizados.
Inserção de raças naturalizadas no mercado
Além de conservar as raças naturalizadas de animais domésticos, o objetivo das instituições de pesquisa é divulgar as suas características positivas e incentivar a sua inserção no mercado, pois essa é e forma mais eficiente de afasta-las da ameaça de extinção.
A parceria com associações de criadores e produtores é fundamental nesse sentido e já livrou duas raças bovinas do desaparecimento: Caracu e Crioulo Lageano.
A adaptação desses animais ao ambiente ao longo dos séculos fez com que desenvolvessem a capacidade de sobreviver e produzir em condições hostis de clima e alimentação. Sua extinção significaria a perda de um verdadeiro tesouro genético.
O dia de campo é uma iniciativa que vai beneficiar os pequenos produtores, apresentando a eles, raças que precisam de menos para produzir mais, além de dar mais um passo para garantir a conservação de raças de suínos seculares no Brasil.
O dia de campo acontece no Campo Experimental Sucupira, de 8h30 às 12h30, e vai apresentar a cerca de 100 produtores do Distrito federal raças de suínos nacionais conservadas pela Embrapa.
