Lideranças do setor, suinocultores não integrados e proprietários de mini-integradoras dos três Estados do Sul (SC, PR e RS), estiveram reunidos hoje pela manhã, 01, em Chapecó, onde anunciaram uma série de medidas visando à minimização das dificuldades que o setor vem sofrendo. De acordo com o presidente da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS) Losivanio Luiz de Lorenzi, decisões políticas terão que ser tomadas com extrema urgência, ou será tarde demais, como já é para muitos suinocultores.
Entre as medidas adotadas está à redução de plantel, ou seja, uma redução de 10% das matrizes alojadas. Segundo Lorenzi, “o produtor não tem mais fôlego, não tem mais sangue e não admite nova baixa no preço do suíno e espera uma recuperação devido ao início do mês e início do inverno”. Hoje o produtor integrado recebe pelo quilo do suíno vivo R$ 2,00 e não integrado a R$1,90, enquanto o custo de produção está em média R$ 2,70, um prejuízo em média de R$ 80,00 por animal.
Para o produtor Marcos Spricigo, o encontro foi de extrema importância, pois mostrou a união dos produtores dos três estados sul. “Não saímos com uma solução, porém com algumas ações imediatas, uma delas com o compromisso de controlar a oferta de animais. A força dos produtores foi essencial para esse encontro ser positivo, uma demonstração de interesse por parte de todos, com um único objetivo: buscar de solução para o setor” declara.
Para o suinocultor e presidente do Núcleo Regional de Criadores de Suínos de Seara, Jaco Biondo, o encontro foi importante, pois além de reunir produtores dos três estados do sul, estavam também presentes presidentes dos núcleos regionais e municipais de criadores e os presidentes das três Associações de Criadores de Suínos. “Foi positivo, pois mostrou a força dos produtores, nossa expectativa é que o preço do suíno comece a reagir” diz. Segundo Odanir Farinella, produtor do Paraná, o encontro foi positivo. “A partir de agora vamos dar continuidade nas ações que foram encaminhadas e na próxima semana, nos reuniremos novamente para buscarmos soluções a nível federal, como é caso do milho, haja vista o alto custo de produção” finaliza.
Foram dados os seguintes encaminhamentos:
Produtor
– Diminuição na oferta de suínos para abate;
– Estabelecer um preço mínimo de comercialização;
– Redução do Plantel em 10% das matrizes;
Governo
– Isenção do ICMS para suínos vivos nos três estados do Sul pelo período de 120 dias;
– Liberação de Milho da Conab modalidade balcão a preço subsidiado (prêmio) para os suinocultores dos três estados do sul