Foram listados 85 frigoríficos e empresas de exportação de proteínas. Entre elas estão a Brasil Foods, JBS Friboi, Marfrig e Aurora. Apenas o grupo Minerva escapou da medida russa, maior importadora de carne in natura do mundo, que entra em vigor no dia 15 de junho.
O bloqueio afeta os estados do Mato Grosso, Paraná e Rio Grande do Sul.
Para o analista da Socopa, Marcelo Varejão, “essa informação tem grande potencial de derrubar as ações de frigoríficos e empresas que lidem com o mercado de proteínas”.
De fato, a maior queda do pregão no Ibovespa ficou com as ações da Brasil Foods (BRFS3), que caíram 1,03%, para R$ 28,80.
Apesar de não ter sido listada, as ações BEEF3, do Minerva, recuaram (1,13%) pelo “contágio” com as outras empresas do setor, na análise de Marianna Waltz, analista do BB Investimentos.
A empresa afirma, em comunicado divulgado à Comissão de Valores Mobiliários, que “no ano de 2010, as exportações para a Rússia representaram aproximadamente 15% da receita bruta total, demonstrando a estratégia de diversificação de mercados e mitigando o risco de concentração”.
Na contramão, as ações da JBS Friboi (JBSF3) subiram 4,10%, cotadas a R$ 5,59. Segundo nota enviada à CVM, a companhia conta com outras oito fábricas instaladas no Brasil que seguirão operando para a Rússia e não estão incluídas nas regiões atingidas pelo embargo.
“Os papéis da JBS estavam muito descontados, então a força da recuperação, por enquanto, está maior que a penalização pela decisão do embargo”, adiciona Marianna.
As ações da Marfrig (MRFG3) perderam 1,80%, também afetadas pelo embargo. O comunicado da companhia à CVM relata que outras plantas atenderão as exportações russas, que representam 10,7% do total de exportações da companhia ou 4,7% da receita consolidada.
No entanto, não houve detalhamento de quantas nem quais plantas terão suas atividades redirecionadas.