A presidente Dilma Rousseff destacou, há pouco, a função do Plano Agrícola e Pecuário 2011/2012 no aumento da produtividade no campo e defendeu maiores investimentos em ciência e tecnologia para a redução dos custos e a elevação da produção por área cultivada.
“O Plano Agrícola não é uma questão pessoal, é essencial para nosso posicionamento econômico no mundo”, afirmou a presidente, ao discursar no lançamento oficial do plano, que acontece na cidade de Ribeirão Preto, interior de São Paulo.
Na avaliação da presidente, mais do que contar com os diferenciais naturais do País, como a disponibilidade de solo e os altos níveis de insolação das áreas cultivadas, o produtor precisará ser beneficiado com avanços tecnológicos para aumentar a produtividade.
A principal preocupação, no momento, é fazer o setor pecuarista alcançar a agricultura nos avanços tecnológicos, afirmou Dilma. “Precisamos continuar sendo um dos países em que a tecnologia seja um fator estratégico e fundamental”, disse a presidente.
A presidente citou o Programa de Retenção de Matrizes como um dos elementos importantes para aumentar a relevância do setor pecuarista brasileiro no mercado internacional. “Este é um dos programas que pode, de fato, melhorar a qualidade do nosso rebanho. Isso se quisermos, de fato, ter grande presença internacional na área de proteínas”, afirmou Dilma. “Precisamos dar aos produtores as mesmas armas para competir lá fora.”
Ao falar sobre a necessidade de o governo investir na competitividade do setor agropecuário no mercado internacional, a presidente minimizou as críticas de outros países sobre o impacto da agropecuária brasileira sobre o meio ambiente e classificou os ataques como uma “competição desleal”.
Tendo em vista esse cenário, Dilma afirmou que o Plano Agricultura de Baixo Carbono (Plano ABC) é “essencial para termos competitividade internacional” e citou a matriz energética renovável brasileira como um dos diferenciais da agricultura brasileira. “Somos, de fato, a matriz energética mais renovável”, disse a presidente.
Dilma lembrou, ainda, o crescimento do mercado interno brasileiro como um dos fatores que aumentam a pressão sobre a produtividade do agronegócio. “Garantir alimento é termos um país rico, sem fome e sem miséria”, afirmou a presidente, ao destacar o lado social do Plano Safra.
A presidente ressaltou que a melhor distribuição de renda precisa ser feita também no campo. Dilma afirmou que o Brasil é um importante player mundial na produção de alimentos, mas que todos precisam receber o que é justo por sua parte na cadeia produtiva. “Não existe o fabricante ser rico e o produtor sem renda”, afirmou.