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Economia

Força do agronegócio

Brasil é uma grande potência agrícola que conta com o apoio da tecnologia. No entanto, a falta de mão-de-obra desafia o setor.

Moderno, eficiente e competitivo, o agronegócio brasileiro é uma atividade próspera, constituindo-se uma das principais locomotivas da economia brasileira, responsável por 1/3 do Produto Interno Bruto (PIB), 42% das exportações totais e 37% dos empregos. Dotado de clima diversificado, chuvas regulares, energia solar abundante, boa distribuição de água doce, terras ainda disponíveis e tecnologia apropriada, o Brasil possui grande potencial de crescimento nos empreendimentos relacionados às cadeias produtivas do agronegócio. Para Eduardo Francia Carneiro Campello, chefe-geral da Embrapa Agrobiologia, o desenvolvimento tecnológico como fator primordial para o avanço agrícola também é fator primordial para o avanço do setor.

Campello explica que as recentes técnicas desenvolvidas para o crescimento da atividade agrícola promovem melhorias na produtividade. “Estamos desenvolvendo, por exemplo, um inoculante que está aumentando a produção de feijão no Nordeste e estamos estudando recursos genéticos que facilitam a adaptação da lavoura em solos ácidos”, destaca o chefe-geral da Embrapa Agrobiologia. “Temos um sistema agrícola muito diversificado”, afirmou Campello durante o 12º Congresso de Agribusiness – “Oportunidades de Investimentos no Agronegócio”, que a Sociedade Nacional de Agricultura (SNA) promoveu, com o apoio do Sebrae/RJ, nos dias 21 e 22 de junho de 2011, no Auditório da Confederação Nacional do Comércio, no Rio de Janeiro (RJ). .

Outro lado- Se por um lado o desenvolvimento tecnológico é uma realidade, a falta de mão-de-obra constitui-se em um gargalo para o setor do agronegócio. É o que ressalta Paulo Alcântara Gomes, reitor da Universidade Castelo Branco. Para ele, o problema é resultado de um “ensino médio inadequado, elevados índices de evasão e diminuição do número de escolas rurais”, aliado a outros fatores como “fraca articulação das políticas de expansão do ensino com os arranjos produtivos locais, poucos cursos superiores de tecnologia e estruturas curriculares ultrapassadas”.

Diante desse quadro, Paulo Alcântara propõe, como desafios, a reforma do ensino médio, a adoção de novas políticas de expansão, a reforma das práticas pedagógicas, o estímulo à criação de novos cursos superiores de tecnologia, o fortalecimento da educação continuada e o incremento da articulação entre o meio acadêmico e o setor de agronegócios. “É preciso educar para que se utilizem as novas tecnologias”, conclui o reitor.