O ministro da Agricultura e Pecuária, Wagner Rossi, garantiu aos produtores que serão recuperados os R$ 8 milhões pagos indevidamente pelo ex-diretor financeiro da companhia Oscar Jucá Neto, para uma empresa fantasma, de propriedade de dois laranjas, conforme denúncia da revista Veja das duas últimas semanas. Wagner Rossi afirmou que vai zelar pelos recursos da agricultura.
Segundo Rossi o que Oscar Jucá Neto, fez foi muito grave, por isso determinei sua exoneração. “Os R$ 8 milhões foram pagos porque Jucá Neto pediu para um funcionário da Conab entrar no sistema em fazer o pagamento. O diretor estava há 15 dias no cargo quando determinou o repasse, utilizando recursos da PGPM, fazendo pagamento ilegal. A Advocacia Geral da União (AGU) está tentando a liberação dos R$ 8 milhões que estão depositados em juízo.
O ministro disse que Jucá Neto tentou transformar um caso administrativo em fato político, depois de ser flagrado cometendo irregularidade. “Jucá disse que não tinha provas de nada. Mas eu tenho”, emendou Rossi. “A venda do terreno não foi da minha época. Mas tudo foi feito corretamente. Quando cheguei a Conab verifiquei problemas muito graves relativos ao patrimônio.
No caso desse terreno a destinação original era para construção de um clube para os funcionários da companhia. A CEF avaliou em R$ 8,030 milhões e o preço pago foi R$ 8,1 milhões, pouco acima o que é normal. “Não acho que virou caso político. O que eu fiz foi responsabilizar com coragem uma pessoa que cometeu erro grave”, frisou o ministro.
No segundo caso denunciado pela Veja da dívida de R$ 14 milhões da Conab com Caramuru – que ganhou ação contra a Conab em março passado – quando foi feito o pagamento, foi aplicada apenas a correção de praxe. “Não existe a menor hipótese de qualquer funcionário ter aumentado esta dívida para R$ 20 milhões, disse Rossi. Se houvesse qualquer tentativa neste sentido eu bloquearia aqui no Mapa. Nunca autorizei qualquer acerto extrajudicial para alterar ordem de pagamento. Qualquer débito acima de R$ 50 mil deve ser enviado a Advocacia Geral da União para verificação dos valores.
Hoje pela manhã Rossi enviou documento aos líderes do PMDB na Câmara e no Senado, pedindo que não evitem sua convocação para esclarecer estes fatos. “Quero prestar todos os esclarecimentos necessários. Me sinto revoltado por essa agressão pessoal”, frisou.
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