Os pagamentos de subsídios aos grandes agricultores europeus serão drasticamente cortados se aprovadas medidas, já desenhadas em Bruxelas, que impõem um teto anual de € 300 mil por fazenda a partir de 2014.
Elaborado pela Comissão Europeia, o braço executivo da União Europeia, o plano deverá encontrar forte oposição dos governos nacionais europeus, que no passado se opuseram a alterar a maneira como os € 55 bilhões por ano da política agrícola comum do bloco é administrada.
A proposta, que deverá ser finalizada em setembro, é parte de uma mudança maior dos subsídios agrícolas. Ela prevê a redução da ajuda a qualquer agricultor que receba mais de € 150 milhões por ano, na tentativa de acabar com a percepção de que boa parte do subsídio se destina a grandes grupos agrícolas e proprietários rurais endinheirados.
“Os governos nacionais europeus podem não gostar disso, mas os subsídios são uma das principais críticas dos eleitores”, alegou a Comissão Europeia.
Outros pontos da proposta europeia vazados à imprensa sugere o atrelamento do pagamento de subsídio a critérios ambientais. Isso poderia, por exemplo, forçar os produtores a fazer a rotação de culturas ou reservar parte da terra para fins ecológicos.
O debate faz parte da discussão do Orçamento da União Europeia para o período de 2014 a 2020. O novo documento dever ser aprovado até o ano que vem.
“Vamos lutar contra”, posicionou-se o sindicato agrícola britânico, que alega que a medida afetaria 800 fazendas do país.