A JBS, uma das maiores indústrias de alimentos do mundo, informa que não descumpriu qualquer tipo de acordo ou compromisso assumido com instâncias públicas e civis no Brasil. A empresa ressalta que adota rígidos processos de controle de compra de matéria-prima, segue uma criteriosa política de sustentabilidade junto a todos os seus fornecedores e repudia qualquer prática em que existam agressões ao meio ambiente ou desrespeito aos direitos humanos.
Sobre a notificação recebida do Ministério Público Federal do estado de Mato Grosso na última segunda-feira (17/10/2011), que acusa a companhia de ter descumprido os acordos pela pecuária sustentável no estado, a JBS reforça que não reconhece e nega as práticas mencionadas pelo órgão público federal. Após checagem em seu sistema de compras de bovinos, a companhia informa que:
– As compras de matéria-prima realizadas junto a 13 fazendas embargadas pelo Ibama foram realizadas em datas anteriores à inclusão das propriedades na lista de restrições do órgão público.
– Assumiu os custos do georreferenciamento de 100% das propriedades que fornecem gado à empresa, uma vez que não obteve acesso ao banco de dados ou lista de propriedades ilegais junto aos órgãos competentes, mesmo após diversas solicitações junto às instituições responsáveis, em âmbito federal, estadual e municipal. Todas as coordenadas coletadas indicam que as fazendas mencionadas na notificação do MPF estão fora das reservas indígenas. Algumas propriedades mencionadas na notificação do Ministério Público Federal de Mato Grosso, nunca tiveram qualquer tipo de relação comercial com a JBS ou sequer constam no banco de dados de fornecedores da companhia. Esse é um claro sinal de que os dados consultados pelo Ministério Público e divulgados por organizações não governamentais não foram devidamente verificados, levando a conclusões errôneas por parte dos próprios órgãos de fiscalização. Vale ressaltar ainda que o prazo para o cadastramento do perímetro das propriedades agropecuárias do estado do Mato Grosso, dado que tornaria a análise ainda mais exata, foi prorrogado para novembro de 2012.
– Enfrentou dificuldades para a obtenção de dados precisos junto ao Ministério do Trabalho e Emprego e ainda analisa o caso da fazenda supostamente inserida na lista de restrições Ministério.