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Japão e Coreia devem abrir mercado para suínos de SC

Expectativa é que até o dia 10 de novembro a Coreia do Sul dará um posicionamento sobre a análise de risco da situação sanitária do estado. Já a resposta do Japão deve chegar antes.

Depois dessa medida, a Coopercentral Aurora estudará as chances de fechar parceria com cooperativas locais para a instalação de uma unidade na Ásia – São Paulo

O Estado de Santa Catarina está otimista em relação à abertura do mercado asiático. A expectativa é que até o dia 10 de novembro a Coreia do Sul dará um posicionamento sobre a análise de risco da situação sanitária do estado. Já a resposta do Japão deve chegar antes, junto com a comitiva brasileira, liderada pelo governo do estado neste domingo (30).

Aproveitando o momento, a Cooperativa Aurora, que realizou uma missão à Coreia e ao Japão na semana passada, afirmou que, depois da abertura destes mercados, não descarta a ideia de investir em uma unidade cooperativada na Ásia. “Acredito que após abrirmos aqueles mercados, podemos conversar com eles para abrir uma unidade da Aurora com cooperativas japonesas ou coreanas. Mas isso é um segundo passo, vamos aguardar a abertura”, garantiu o presidente da Aurora, Mário Lanznaster.

O estado catarinense mostrou pouca paciência para esperar o imbróglio do embargo russo ser resolvido pelo governo brasileiro, e partiu para uma ofensiva junto a mercados importantes para a carne suína na Ásia. Depois da vinda de uma missão japonesa há pouco mais de 40 dias, para inspecionar os frigoríficos do estado, e a visita de integrantes da cadeia suinocultora brasileira ao Japão e à Coreia na semana passada, agora é a vez de o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, tentar um acordo no continente.

Em audiência com a Agência Sanitária nacional da Coreia do Sul, ontem, o governador recebeu a notícia de que os coreanos darão resposta sobre a análise de risco sanitário do estado no dia 10 de novembro. O procedimento é o último passo antes de o país declarar a abertura do mercado ao Brasil. “A visita aqui aproximou os dois governos e facilitou a negociação. Nós temos uma expectativa muito positiva quanto ao resultado”, revelou Colombo.

O diretor-executivo da Associação Brasileira da Indústria Produtora de Carne Suína (Abipecs), Jurandi Soares Machado, estima que Santa Catarina pode conquistar US$ 100 milhões com as negociações. “Queremos conquistar 10% do mercado e exportar 40 mil toneladas de suínos anualmente. Mas isso tudo só deve começar em 2012”, declarou o diretor, que também está na comitiva brasileira que visita a Coreia do Norte.

Já as negociações com o Japão também parecem próximas a um acordo. Para o secretário da Agricultura de Santa Catarina, João Rodrigues, o governador deve chegar da Ásia no domingo, com boas novidades. “Estamos muito otimistas em relação ao mercado japonês, pois eles já visitaram as plantas e gostaram do que viram. Não duvido nada que o governador volte ao Brasil com esse mercado aberto”, disse Rodrigues.

Lanznaster também aposta na confirmação da abertura do Japão com a chegada do governador Colombo. Com isso o executivo já começa a fazer planos para estes mercados, que podem incluir a instalação de uma unidade da Aurora. “Nós tentamos fechar parcerias com algumas cooperativas da Europa, principalmente França e Espanha, mas como o estado catarinense não exporta ainda para estes locais, esse projeto está parado. Mas no dia que abrirmos nós vamos retomar essas conversas. E no Japão e na Coreia faremos o mesmo.”

Por fim, o presidente da Aurora confirmou que irá investir cerca de R$ 45 milhões em um novo centro de distribuição no Estado de São Paulo. A unidade deve ser instalada na cidade de Arujá, em substituição ao centro saturado da Aurora, localizado na região de Guarulhos (SP). ” Ainda não temos uma data definida para o começo da construção, mas será em breve”, disse Lanznaster.

Projeto de lei – A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural rejeitou ontem o Projeto de Lei 767/11, do deputado Lincoln Portela (PR-MG), que obriga a inclusão da mensagem de alerta “contém ingrediente suíno” nos rótulos de alimentos que contenham esses ingredientes. O autor argumenta que a necessidade de distinção está relacionada a questões religiosas.