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Commodities puxam exportações

Embarque das líderes do agronegócio cresce mais do que a média. 15 empresas do setor ficaram entre as 40 maiores companhias exportadoras do país de janeiro a setembro deste ano.

Commodities puxam exportações

Apesar das quedas recentes, o elevado patamar de preços das commodities agropecuárias em geral no mercado internacional continua a impulsionar as exportações das empresas do agronegócio radicadas no país.

Levantamento completo da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) mostra que 15 empresas do setor ficaram entre as 40 maiores companhias exportadoras do país de janeiro a setembro deste ano, mais ou menos a média normal. Todas registraram crescimento nas receitas com os embarques em relação a igual intervalo de 2010. Das 15, cinco continuaram entre as dez primeiras, como em igual intervalo de 2010, mas com taxas de incremento em geral superiores à média.

Essas cinco primeiras – Bunge, Cargill, ADM, JBS e Louis Dreyfus Commodities, só a JBS de origem nacional -, apontam cálculos realizados pelo Valor, exportaram o equivalente a US$ 14,9 bilhões nos primeiros nove meses deste ano, 38% mais que de janeiro a setembro de 2011. O total geral aumentou 31,1% na comparação, para US$ 190 bilhões.

No universo das 40 maiores exportadoras, que inclui as líderes Vale e Petrobras, que também foram beneficiadas pelo aumento de preços nos mercados de commodities em que atuam, a taxa conjunta de incremento nesse período foi de 40,8%, para pouco mais de US$ 101 bilhões, ou mais de 53% do total apurado pela Secex. Até setembro de 2010, as “40 mais” responderam por 49,7% do total.

Tradicional líder das exportações do campo brasileiro, a Bunge, sediada nos Estados Unidos, obteve US$ 5,1 bilhões em receitas com seus embarques nos primeiros nove meses deste ano, quase 43% acima do mesmo intervalo de 2010. As recentes baixas dos preços internacionais das commodities, ligadas às turbulências em países desenvolvidos, estão no radar, mas ainda não chegam a provocar arrepios.

“Temos que ter uma atenção especial em função dos problemas financeiros globais, sobretudo na Europa, mas também nos EUA. E uma das questões mais importantes é como isso tudo vai afetar a China”, afirma Adalgiso Telles, diretor corporativo da Bunge Brasil. A China manteve-se como principal destino das exportações do agronegócio brasileiro de janeiro a setembro, com compras de US$ 13,3 bilhões, salto de 35,1%. Por outro lado, as exportações chinesas têm como principal destino os EUA.