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CNA

Papel do agronegócio em debate

Faesc participa do evento em comemoração aos 60 anos da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil.

A importância do setor agropecuário para a economia do País foi o tema abordado pela presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, na abertura do seminário “Os Desafios do Brasil como 5ª Potência Mundial e o Papel do Agronegócio”, nesta quarta-feira (23), em Brasília. O evento faz parte da programação que marca os 60 anos da entidade e 20 anos do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).

De Santa Catarina, dirigentes de 80 Sindicatos Rurais participaram do encontro, sob a liderança do presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Santa Catarina (Faesc) e vice-presidente de secretaria da CNA, José Zeferino Pedrozo.

O Seminário foi realizado no espaço Unique Palace e reuniu cerca de 1.500 pessoas, entre ministros, parlamentares, autoridades do Governo Federal, embaixadores e lideranças de diversas áreas de atividade. Foi realizada uma série de palestras de renomados especialistas sobre temas relevantes para o setor e para o Brasil, como renda rural, a nova política agrícola e o papel do agronegócio nos desafios do Brasil como 5ª potência econômica.

A presidente da CNA, senadora Kátia Abreu, enfatizou a importância do setor para o desenvolvimento do País. Citou a geração de 1/3 dos empregos e a redução do preço dos alimentos. “Há alguns anos, o brasileiro comprometia metade de seu orçamento com a compra de comida. Hoje compromete 15%”, afirmou em cerimônia que contou com a presença do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Mendes Ribeiro.

De acordo com a dirigente, o uso de tecnologia permitiu que o Brasil passasse da condição de importador de alimentos caros para a posição de grande fornecedor mundial de comida de qualidade e barata. “São 5,175 milhões de produtores rurais que construíram a maior, melhor e mais barata agricultura do planeta”, afirmou a senadora. Segundo ela, garantir a segurança alimentar do povo brasileiro e a segurança jurídica de quem produz são dois dos compromissos da entidade.

Kátia Abreu lembrou ainda que o Brasil não poderá suprir a demanda mundial adicional por alimentos se o País “virar as costas” para a ciência. Também apontou o compromisso dos produtores rurais com a preservação ambiental.

Seminário

A nova política agrícola, que tem como objetivo garantir renda aos produtores rurais, também foi abordada nos debates. O ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro, apontou como um dos desafios do Governo a garantia de que o “dinheiro chegue às mãos dos produtores rurais”. Defendeu, ainda, uma política que agregue valor a toda cadeia produtiva.

O talk show “Os desafios do Brasil como 5ª potência econômica mundial” reuniu especialistas em economia e agronegócio para debater de forma diferenciada o futuro da economia brasileira, seu potencial e a importância da agropecuária nesse contexto. Entre eles o ex-presidente do Banco Central e sócio-fundador da Gávea Investimentos, Armínio Fraga; o CEO do BTG Pactual, André Esteves; o ministro do Superior Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes; o secretário-executivo do Ministério da Agricultura, José Carlos Vaz, e o secretário-adjunto de Política Econômica do Ministério da Fazenda, Gilson Bittencourt.

Vaz defendeu que a política agrícola brasileira precisa se modernizar para ampliar a eficiência no campo e garantir maior estabilidade de renda para o produtor rural. “A agricultura brasileira é muito eficiente, mas a atividade envolve riscos como questões climáticas e de mercado, por isso precisa do apoio do Estado. A tecnologia adotada mudou muito, porém os instrumentos de política agrícola são da década de 60 e devem ser modernizados”, explicou.

O presidente do Centro de Estudos Agrícolas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), professor Mauro Lopes, apresentou um estudo inédito sobre a distribuição da renda no campo, encomendado pela CNA.