A cada ano, novos produtores entram no negócio, que em sua maioria, funciona no sistema de integração, uma parceria entre produtores e frigoríficos, em que cada um entra com uma parte. “O produtor entra com a granja, equipamento, estrutura, mão de obra e cuidados e a empresa entra com os pintinhos, ração, assistência técnica, medicamento e transporte”, explica o técnico agrícola João Carlos Brezolin.
Para chegar no ponto de abate, os frangos levam 45 dias. No sistema de integração, os produtores recebem centavos por cada ave, mesmo assim, a maioria tem conseguido pagar as despesas e investir ainda mais no negócio.
A criação de frangos movimenta a economia de vários outros municípios no noroeste do Paraná. Em Santo Inácio, 170 barracões devem ser construídos até o ano que vem. O que está motivando os produtores é um grande frigorífico que está sendo construído no município.
As obras de R$ 100 milhões devem ficar prontas em dezembro. A indústria vai gerar 2.500 empregos e terá capacidade para abater 420 mil aves por dia, quase tudo para atender o mercado externo.
Os atuais frigoríficos também vêm sendo ampliados. Um deles em Maringá está dobrando de tamanho para exportar mais.
Além do exterior, o mercado interno também aumentou. “Há 10 anos, o consumo era de 35 quilos per capita ao ano e hoje são 45 quilos com projeção de aumento em 2012”, conta Ciliomar Tortola, diretor do Sindicato das Indústrias Aviárias do Paraná.