O criador José Edmilson olha com gosto os leitõezinhos. Suinocultor há 24 anos, ele mantém com cuidado a granja que fica em um sítio em Fartura, divisa de São Paulo com o Paraná.
Edmilson investe em ração de boa qualidade, não deixa faltar alimento às 50 matrizes, mas conta que tem encontrado dificuldades para conseguir um bom preço no mercado. “Tinha que estar no mínimo R$ 70 a arroba para dar margem de investimento na granja”, justifica.
Assim como Edmilson, outros 30 criadores de Fartura reclamam do prejuízo que vêm tendo com a atividade.
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Há 15 dias, a arroba do porco terminado estava cotada a R$ 51. Na semana passada subiu para 57. Embora o preço tenha aumentado, para os produtores ainda não há motivo para alegria. Eles alegam que gastaram muito com insumos e não estão conseguindo obter lucros com a comercialização do porco pronto para o abate, tanto que, em Fartura, a maioria dos criadores está vendendo o leitãozinho com 60 dias, para que outros produtores terminem a engorda do animal.
Ivo Soares é um deles, ele investe apenas nos leitões e vende cerca de 100 unidades por mês. Ivo está confiante no aumento das vendas com a chegada das festas de fim de ano, mas conta que ficou decepcionado ao saber o valor atual da cotação da arroba, já que no mesmo período do ano passado a oferta chegou aos R$ 65.
Em São Paulo, boa parte das granjas de suínos é de produção independente, onde os criadores assumem todo o risco do negócio.
