“Deve ocorrer um aumento da entrega de fertilizantes em 2010 em decorrência da redução dos preços desses produtos nos últimos meses”, disse, o diretor de Economia Agrícola do Ministério da Agricultura, Wilson Araújo. Ele comentou os números divulgados ontem (08/02) pelo setor, durante a reunião da Câmara Temática de Insumos Agropecuários, em Brasília (DF) que tem uma expectativa de crescimento de 5% na venda de fertilizantes este ano.
O diretor do Mapa explica, ainda, que o crescimento da entrega desses produtos está relacionado à ampliação, nesta safra, do uso de tecnologia na aplicação de fertilizante nas lavouras, o que resulta em maior produtividade. “Além disso, o governo tem aumentado o apoio à comercialização dos produtos agrícolas, demandando maior uso de fertilizantes”, completa.
No ano passado, de janeiro a outubro, as vendas ao consumidor alcançaram 19,07 milhões de toneladas, contra 20,2 milhões de toneladas registradas em 2008. “Os produtores anteciparam as compras para garantir suprimentos e evitar o impacto da taxa cambial”, informou o presidente da Câmara, Cristiano Walter Simon.
De acordo com a Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), as importações de fertilizantes diminuíram de 15,4 milhões de toneladas em 2008, para 11,01 milhões de toneladas em 2009 e a produção, nos dez primeiros meses do ano passado, foi de sete milhões de toneladas.
Defensivos – O mercado de defensivos registrou R$ 12,8 bilhões nas vendas em 2009, 1% menos que em 2008, R$ 13,05 bilhões. No segmento de herbicidas, o destaque foi para o crescimento nos mercados de milho safrinha, pastagem, arroz, café e fumo; já os fungicidas, sobressaíram nas culturas de soja, feijão, batata e tomate, enquanto os inseticidas, em soja e milho safrinha.
Calcário – A produção brasileira de calcário foi de 19,3 milhões de toneladas em 2009. A expectativa é que, em 2010, chegue a 23,7 milhões de toneladas. “Um grupo de pesquisadores da Embrapa vai elaborar levantamento da demanda de calcário no Brasil. Assim, vamos estabelecer campanhas de emprego de calcário, que é fundamental para a agricultura”, explicou Simon. (Kelly Beltrão)