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Mercado Interno

Perspectivas do mercado interno

A ABCS instituiu o "Boletim Especial Mercado & Cotações". Todas as quintas-feiras, a entidade transmitirá informações atualizadas da cadeia produtiva de suínos. Acesse a primeira edição.

A semana apresentou poucas alterações de preço no mercado de suínos. Em determinados estados a oferta contínua estável, porém em outros está decrescente, como São Paulo. Ali, a bolsa fechou entre R$ 47 e R$ 48 a arroba (média de R$ 2,53 o quilo do suíno vivo), cerca de quatro reais a menos, em relação os preços fechados no final de 2009. O principal motivo para a queda na cotação em São Paulo é a entrada de animais vivos e carcaças vindas do Paraná, além do longo período de férias, como explica a Associação Paulista dos Criadores de Suínos (APCS).

Já o mercado do Mato Grosso segue estável. Os preços não subiram como os produtores esperavam, segundo a Associação dos Criadores de Suínos do Mato Grosso (Acrismat), mas ainda acreditam que o ano será de bons negócios. As cotações fecharam entre R$ 2,00 e R$ 2,05 o quilo do suíno vivo. No entanto com a baixa nos custos de produção, devido à queda dos preços das commodities, os produtores esperam uma melhora no retorno da atividade.

O Paraná segue com o preço inalterado, a cotação atual é de R$ 2,20 pelo quilo do suíno vivo. Com a queda nos preços das matérias-primas (a soja registra baixa de R$ 100,00 a tonelada em comparação com janeiro do ano passado) a estimativa é que a margem de lucro do produtor aumente, ainda que seja pouco, explica a Associação Paranaense de Suinocultores (APS).

Minas Gerais segue com R$ 2,70 o preço do quilo do suíno vivo e, segundo a Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg), deve continuar estabilizado nas próximas semanas. As cotações do mês de janeiro se mantiveram estáveis em relação aos preços praticados no final de 2009, diferente do que aconteceu nos anos anteriores. Ainda segundo a Asemg, no mês de dezembro as vendas aumentaram 15% comparado aos meses anteriores.

Já para os frigoríficos de Minas Gerais, a tendência é a queda dos preços no Estado. Segundo Mauro Soares Costa, do Frigorífico Frigomatos, essa perspectiva é consequência do baixo consumo no mês de janeiro e do alto número de animais que estão sendo comercializados no Estado, vindos de Santa Catarina, que estão obrigando o produtor mineiro a operar com baixos preços para que possa manter a concorrência.

Declarações:
“O ponto positivo é que os animais ainda estão com o peso médio inferior à média anual. Essa situação pode reverter os preços para cima, mas para isso é preciso aumentar a demanda em fevereiro, antes ou após o carnaval”, Valdomiro Ferreira, presidente da APCS.

“O produtor, geralmente, tem perdas no início do ano, porém 2010 está começando com novas expectativas. Mesmo que nossa cotação atualmente esteja mais baixa que os preços do Sul, estamos confiantes por saber que o preços aqui no Mato Grosso tendem a elevar”, Custódio Rodrigues de Castro Jr, diretor-executivo da Acrismat.

“O alto número de vendas no final do ano, obrigaram o produtor a comercializar um suíno mais leve, entre 80kg e 85kg, cerca de 20kg a menos do que é praticado no mercado normalmente. Somente a partir de janeiro é que os produtores começarão a recuperar o peso do suíno, voltando a comercializar animais entre 95kg e 120kg.” José Arnaldo Penna, vice-presidente da Asemg.

“Em dezembro o produtor não atingiu a rentabilidade esperada dos fins de ano e, somente na segunda semana de janeiro o mercado do Rio Grande do Sul começou a reagir. Mas a expectativa é que neste mês ainda haja elevação nos preços, que hoje está em média R$ 2,15 o quilo do suíno vivo.” Valdecir Luis Folador, Presidente da Associação de Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul (Acsurs).