O Show Rural Coopavel 2010 movimentou cerca de R$ 600 milhões em negócios. Levantamento preliminar – e extra-oficial – aponta para a comercialização de 1,2 mil máquinas, equipamentos e implementos agropecuários. A participação do público também surpreendeu. O evento atraiu 180.768 visitantes, quantidade 20% maior do que o estimado inicialmente pela organização.
Para o diretor presidente da Coopavel, Dilvo Grolli, o sucesso da feira é reflexo do bom momento vivido pela agricultura. ”Estamos colhendo uma safra de alto rendimento, que teve redução de 20% nos custos de plantio referentes aos insumos. Além disso, o mundo está começando sair da crise e o Brasil e a China foram os países menos atingidos durante o seu auge. Ano passado, o crescimento foi ínfimo, de 0,2%, mas a projeção deste ano gira entre 4% a 6% e abre perspectivas animadoras para todos os setores econômicos”, avaliou.
Grolli afirmou que o Show Rural Coopavel tem muito ainda por crescer. ”O mundo não tem mais terras para expandir sua área de produção e o Brasil é o único país que tem 90 milhões de hectares com potencial de aproveitamento sem que seja necessário avançar pela floresta amazônica”, destaca. ”Percorri todos os 342 estandes e percebi que tivemos boas vendas, os fabricantes venderam muito bem porque o governo facilitou o crédito e baixou os juros. Isso foi o principal atrativo e que ajudou a vender mais”, afirmou.
O presidente da Coopavel diz que, arredio, o produtor não perde tempo e compra, porque não sabe se essas vantagens vão continuar existindo. ”De tantas encomendas, as fabricantes não têm mais estoques e estão prometendo entregar as máquinas somente nos meses de abril e maio”, ressaltou. Segundo ele, quando o Show Rural começou, há 11 anos, o rendimento médio por hectare de soja era de aproximadamente 600 a 800 quilos. Hoje esse número é de 4 mil quilos por hectare, podendo chegar a 5 mil em breve.
”Isso é uma amostra da evolução que vemos alcançando ao longo dos anos e prova de que eventos tecnológicos como esse servem de termômetro para aferir o grau de evolução e declínio da atividade agropecuária. O relatório que a FAO divulgou no fial do ano passado foi um claro recado: o mundo precisa dobrar a produção de alimentos até 2050, ano em que teremos 9 bilhões de seres humanos coabitando a Terra”.