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Protocolo vai apoiar desenvolvimento da suinocultura baiana

Segundo a ABCS, serão investidos inicialmente R$ 50 mil em levantamentos que objetivam diagnosticar a situação da cadeia produtiva de suíno na Bahia.

Deverá ser assinado, em março, em Salvador, um protocolo de intenções reunindo a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), o SEBRAE e a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB) visando o desenvolvimento da suinocultura do estado. O Diretor Executivo da ABCS, Fabiano Coser, informa que os entendimentos nesse sentido já estão bastante adiantados e incluem duas ações a serem empreendidas no curto prazo com recursos oriundos do SEBRAE.

Em reunião da qual participaram Fabiano, Célia Márcia Fernandes, da carteira de agronegócios do SEBRAE/BA e o representante do SEBRAE Nacional, João Fernando Nunes de Almeida, ficou acertado que serão investidos inicialmente R$50.000,00 em levantamentos que objetivam diagnosticar a situação da suinocultura baiana. Será realizada uma pesquisa junto aos consumidores de Salvador para saber o que estes pensam sobre a carne suína. Além disto, a idéia é envolver cerca de 10 frigoríficos no âmbito do Programa Alimento Seguro, já desenvolvido por aquela unidade SEBRAE para o setor industrial do estado.

João Fernando classificou o encontro de extremamente positivo e adiantou que o SEBRAE Nacional analisa a possibilidade de participar diretamente das ações na Bahia. A proposta da ABCS é que as ações no estado tenham o mesmo perfil daquelas desenvolvidas no âmbito do Plano Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (PNDS), já em implantação em sete unidades federativas do País.

Para Célia Fernandes, essas negociações ganham importância maior agora a partir da criação da Associação Baiana de Suinocultores (ABS). “É uma forma de fortalecer a atividade no estado nos vários elos da cadeia e de criar um ambiente mais favorável para o desenvolvimento do setor na Bahia”, afirma Célia. Segundo ela, o SEBRAE-BA pretende acompanhar as iniciativas já realizadas nos outros estados: “estamos no caminho certo, cada entidade com sua competência específica para inicialmente conhecermos mais profundamente a realidade da atividade na Bahia”. Célia explica que é indispensável conhecer melhor as demandas do setor, o perfil do produtor, da agroindústria antes de estruturar uma proposta de planejamento mais ampla.

Fabiano Coser acredita que junto com a decisão do Conselho da entidade de realizar o próximo Seminário da ABCS, em Salvador, em 2011, essa parceria com o SEBRAE e com a ADAB consolida a presença institucional da ABCS no Nordeste.

Coser esteve também reunido com o Diretor Geral da ADAB, Cássio Peixoto, para quem a proposta vai gerar “uma alavanca extremamente importante para o nosso trabalho”. Ele adianta que embora a Bahia ainda não tenha as características de um grande estado produtor, “já existe uma sinalização de crescimento e nós temos que estar preparados para isto”. O grande desafio, na opinião de Cássio, será fazer um cadastramento preciso da realidade da suinocultura baiana. Ele admite, por exemplo, a possibilidade real de que o estado registre cerca de 200 mil matrizes de porco piau. “Agora teremos condições de fazer uma prospecção em bases sólidas”, concluiu.

O Presidente da Associação Baiana de Suinocultores (ABS), Marcelo Plácido, disse que “a suinocultura da Bahia está diante de uma oportunidade histórica, ao conseguir meios para enfrentarmos os problemas do setor, a partir inicialmente de levantamentos que revelem a exata dimensão da suinocultura não tecnificada no estado”. Marcelo está muito otimista e disse que esses entendimentos são particularmente importantes agora que a ABS se prepara para sediar, em Salvador, o próximo Seminário Nacional da Associação Brasileira.

Já Irineu Wessler, Presidente da ABCS, afirmou que trabalhar o Nordeste tanto do ponto de vista sanitário quanto mercadológico é “uma prioridade imperativa – estamos falando de uma população de 44 milhões de pessoas que precisam receber o nosso produto no melhor formato, na melhor embalagem e na melhor apresentação possível”. Wessler destaca a importância do crescimento da renda na região que deverá refletir-se diretamente na ampliação do consumo de proteína de origem animal.