Na última quinta-feira foi assinado o protocolo de intenções reunindo a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), o SEBRAE e a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB) visando o desenvolvimento da suinocultura do estado. Estiveram presentes no encontro para a assinatura o governador da Bahia, Jaques Wagner, o Secretário da Agricultura do estado, Roberto de Oliveira Muniz, o Diretor Geral da ADAB, Cássio Ramos Peixoto, o Presidente da ABCS, Irineu Wessler, o Presidente da Associação Baiana de Suinocultores (ABS), Marcelo Plácido Correa, e o Diretor Superintendente do SEBRAE/BA, Edival Passos Souza.
No projeto serão desenvolvidas ações em 17 agroindústrias de abate e processamento de suínos do estado da Bahia. A primeira etapa consiste em uma pesquisa junto aos consumidores de Salvador para saber o que pensam sobre a carne suína, explica o diretor-executivo da ABCS, Fabiano Coser. “A idéia é conhecer a demanda nos estados, fazer o levantamento das produções tecnificadas e de subsistência e, a partir daí, desenvolver ações para aprimorar a produção e levar ao consumidor o formato de carne que ele deseja consumir”, diz. Coser ainda informa que os entendimentos nesse sentido já estão bastante adiantados e incluem ações a serem empreendidas no curto prazo. O presidente da ABS, Marcelo Plácido, disse que “a suinocultura da Bahia está diante de uma grande oportunidade. Com o projeto teremos dimensão da produção nordestina e, a partir daí conseguiremos enfrentar os problemas do setor”.
No que compete à defesa sanitária, o primeiro passo para o desenvolvimento do projeto será a organização da cadeia produtiva, com um levantamento censitário das granjas existentes no Estado, explica o diretor-geral da ADAB, Cássio Ramos Peixoto. Em seguida será feito um diagnóstico do setor, apontando as áreas estratégicas a serem trabalhadas. “Com a adesão da Agência de Defesa nesse projeto a Bahia vai contribuir com outras ações relevantes. Agora é o momento para fortalecer o segmento, definindo ações integradas entre sanidade animal, legislação sanitária, pesquisa e produção para zelar pela saúde da população e do rebanho de suínos no Estado”.
Para Irineu Wessler, presidente da ABCS, o projeto é prioridade no desenvolvimento da suinocultura nacional. “Com as características da produção e comercialização nessa região visualizamos a necessidade de um projeto específico. O nordeste tem grande potencial para o aumento de consumo da carne suína, que é o nosso maior objetivo, mas para isso, é preciso conhecer e dimensionar toda cadeia. O expertise das entidades parceiras nos possibilita realizar um trabalho muito abrangente, ampliando para o planejamento interno das granjas, a introdução das melhores práticas de manejo e também da tecnologia de produção”, explica.