Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Mapa

Gestão de Stephanes

Discussões técnicas e diálogo com setor agropecuário marcaram a presença de Stephanes sob o comando do Mapa.

A fundamentação na ciência e o diálogo com o setor agropecuário pautaram, segundo Reinhold Stephanes, os três anos à frente do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Antes de transmitir o cargo ao atual titular do ministério, Wagner Rossi, nesta quarta-feira (31), Stephanes pregou maior engajamento do setor nas decisões de governo, pela articulação dos produtores e das lideranças. “Mesmo que o ministério tenha uma agenda de pontos estruturantes, é fundamental que o setor também se planeje”, destacou.

Sobre a relação entre a agricultura e o meio ambiente, pauta recorrente na gestão, Stephanes afirmou ser errado aceitar que apenas instituições ambientais e ambientalistas participem das decisões que envolvem o uso dos recursos naturais. “Todos perdem no conflito entre agricultura e meio ambiente”, alertou. Para ele, o Ministério da Agricultura pode e deve contribuir nessas questões, por meio de instituições de pesquisa, como a Embrapa e o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Stephanes lembrou que os projetos do Ministério da Agricultura e suas empresas vinculadas para reduzir a emissão de gases de efeito estufa foram contemplados na proposta voluntária do Brasil na 15ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 15), no ano passado. Entre os projetos se destacam a recuperação de áreas degradadas, o sistema de integração da lavoura com a pecuária e floresta, a fixação biológica do nitrogênio e a ampliação do plantio direto com qualidade.

Sobre a mudança na legislação ambiental, Stephanes defendeu a soma das Áreas de Proteção Permanente (APPs) às reservas legais em propriedades rurais de até 150 hectares; a autorização do plantio de 50% da reserva legal com florestas comerciais; a compensação ambiental fora da microbacia, mas no mesmo bioma; o princípio do gradualismo para margens de pequenos rios e riachos e a manutenção da atividade agrícola em áreas já consolidadas, como topos de morro, encostas e várzeas. Segundo ele, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu solucionar essas questões nos próximos meses.

O envolvimento do Mapa com a discussão governamental sobre a autossuficiência em fertilizantes e a criação de uma agenda estratégica, também, foram abordados por Stephanes na palestra.