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Merck pode fechar fábrica

Ao fundir-se com a Schering-Plough, a Merck passou a ter seis unidades, mas ainda planeja crescer no Brasil.

Merck pode fechar fábrica

A farmacêutica americana Merck Sharp & Dohme (MSD) deverá definir nos próximos meses o fechamento de uma de suas seis fábricas instaladas no Brasil. Em pleno processo de unificação de seus ativos, por conta da fusão com o grupo Schering-Plough realizada no ano passado, a companhia vai analisar quais as unidades das duas empresas que atuam de forma duplicada no País.

O fechamento de uma das plantas da companhia no País não significa, contudo, desinteresse do grupo pelo Brasil, afirmou ao Valor José Octávio Costa Filho, diretor médico da companhia no Brasil. “Com a Schering-Plough, o grupo complementa seu portfólio e passa a atuar em praticamente todas as áreas terapêuticas”, disse. Ao todo, as duas companhias possuem cerca de 90 plantas espalhadas pelo mundo – uma parte delas deverá ser descontinuada. O processo ainda está em avaliação.

Com a aquisição da Schering-Plough, em um acordo que envolveu US$ 41 bilhões, o grupo agregou cinco novas unidades no País. Antes, atuava no País apenas com a fábrica de Sousas, na região de Campinas (SP), que recebeu recentes investimentos para futuras ampliações para a produção de novos medicamentos no País.

Em São Paulo, além da unidade de Sousas, que é voltada para saúde humana, a Merck detém as unidades de Santo Amaro, também voltada para saúde humana, com a produção de anticoncepcionais; de Barueri, que produz insumos para produção de medicamentos, e outras três com foco para saúde animal: em Cotias (SP), Cruzeiro (SP) e Fortaleza (CE). A expectativa é de que uma dessas unidades poderá ser descontinuada, apesar de não haver ainda uma definição clara nesse sentido.

Paralelo ao processo de unificação dos ativos com a fusão, a divisão de saúde animal do grupo também passa por um processo de reestruturação. No mês passado, a Merck e a Sanofi-Aventis, por meio da divisão Sanofi Pasteur, anunciaram uma joint venture nesse segmento, com 50% de participação cada. Com o acordo, a Sanofi vai exercer a opção de combinar a Merial com a Intervet/Schering-Plough.

Com um faturamento projetado entre US$ 900 milhões e US$ 1 bilhão no País em 2010, o que representa 2,5% da receita global, a Merck pretende colocar a subsidiária brasileira entre as seis maiores do grupo até 2015. “Hoje estamos entre os dez”, afirmou Costa Filho. “Com o portfólio completo, vamos colocar novos medicamentos no mercado.” A empresa também deverá fazer o “relançamento” no mercado brasileiro de produtos mais maduros, que já perderam patente.

Desde março, as áreas de vendas das duas companhias já atuam de forma unificada no Brasil. As duas empresas anunciaram a fusão em março do ano passado, com combinação dos ativos a partir de novembro. As áreas prioritárias da MSD no mercado global passaram a ser cardiometabólica, imunologia, HIV, respiratória, vacinas, oncologia e sistema nervoso central.