Tanto a divisão de alimentos quanto o braço de fertilizantes da americana Bunge no país fecharam 2009 com resultados líquidos melhores que os de 2008, segundo balanços divulgados recentemente. A multinacional tem ações negociadas na bolsa de Nova York, mas no Brasil fechou o capital das divisões há alguns anos. No início de 2010, as gestões de ambas foram integradas na holding Bunge Brasil, que passou a ser presidida pelo ex-ministro Pedro Parente.
O lucro líquido da Bunge Fertilizantes, que deverá concluir a venda de seus ativos minerais para a Vale ainda neste mês, superou o da Bunge Alimentos. Foram R$ 213,7 milhões em 2009, 13,1% mais que no ano anterior. Mas a Alimentos registrou recuperação relevante: o lucro líquido da divisão passou de R$ 2,1 milhões, em 2008, para R$ 120,9 milhões no ano passado.
Em vendas, o braço de alimentos continuou a puxar a subsidiária. A receita bruta da divisão alcançou R$ 21,4 bilhões, queda de 8,5%, e as exportações representaram 64,5% do total, praticamente o mesmo nível do ano anterior. Nos adubos, a receita bruta recuou 32%, para R$ 5,5 bilhões. Os resultados da Bunge Fertilizantes ainda incluem a Fosfertil, maior fabricante de matérias-primas para adubos do país. Na venda dos ativos minerais para a Vale, fechada por US$ 3,8 bilhões, as participações direta e indireta da Bunge na Fosfertil, que superam 40%, foram consideradas o “filé mignon”.