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Mercado Interno

Arroz, feijão e carne mais caros

A boa notícia é que a oferta de carne vem se normalizando e o preço pode começar a baixar.

Arroz, feijão e carne mais caros

No dia a dia do cidadão comum, a economia às vezes se manifesta de uma forma muito mais clara e direta. Por exemplo, quando ele percebe que alguma coisa estranha aconteceu com o preço da comida.

O preço do feijão é o que provoca mais sustos. “Sabe que nós estamos consumindo até um pouco menos de feijão?”, constatou uma consumidora.

Desde novembro do ano passado, o tipo carioquinha ficou quase 77% mais caro e o preto, quase 25%. A carne de primeira teve aumento médio de 14%.

“Às vezes tem que trocar. Frango, alguns peixes, aí você substituiu com salsicha”, ensina uma mulher.

A subida nos preços do feijão e da carne está ligada a várias fatores, como por exemplo o aumento do consumo e das exportações. Também aconteceram problemas na produção em várias partes do país. Se numa região, o excesso de chuva prejudicou a safra do feijão, na outra, a seca elevou os custos de quem cria gado.

O preço do arroz branco teve um crescimento menor: 2%. A alface e o tomate ficaram mais baratos, ajudando a amenizar o custo da refeição mais tradicional do país, que aumentou mais de 8%, nos últimos 12 meses. No período, a inflação foi de 5%.

“O brasileiro vai continuar pagando mais caro pelo feijão pelo menos ao longo do mês de novembro. Já a carne, a oferta vem se normalizando e isso pode beneficiar o consumidor no sentido de ele encontrar uma carne com o preço mais em conta ao longo dos próximos dias”, explicou André Braz, economista da FGV.

Enquanto os preços não caem, Dona Eliomar capricha na linguiça do feijão, compra carne de segunda moída pra fazer almôndegas e bolinhos, ou um corte saboroso, como o peito. “Eu faço assim: corto bem fininho e aí rende bastante”, ensina.

Dicas de quem tem uma riqueza nacional: a criatividade. “Como precisa ter, porque se a gente for comprar logo aquilo que a gente vê, não há bolso que resista”.