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Orgânicos

Brasileiros não compram orgânicos

Pesquisa mostra que 42% dos brasileiros nunca compraram produtos orgânicos, principalmente os de menor renda.

Mesmo com renda em crescimento, muitos consumidores ainda não arriscam comprar produtos orgânicos. Segundo pesquisa da GfK, 42% dos brasileiros ainda não incluem esse tipo de produto na cesta de compras.

“Embora os produtos orgânicos tenham um apelo de saudabilidade, que é cada vez mais forte junto aos consumidores, a percepção em geral da população é que possuem preços mais altos que os similares não-orgânicos, mesmo que em alguns casos isso já não corresponda à realidade”, afirmou o diretor de Marketing da GfK, Mario Mattos.

Segundo ele, essa percepção faz com que muitos consumidores não incluam esse tipo de produto na sua opção de compra, principalmente os consumidores de menor renda.

A pesquisa revela que, considerando a classe social, 52% dos que pertencem às classes C e D são os que menos compram alimentos orgânicos. O percentual dos não compradores alcança os 33% considerando as classes A e B.

Idosos compram mais – De acordo com o levantamento, os consumidores que mais compram alimentos orgânicos são os mais velhos. Considerando os 8% de consumidores que sempre compram esse tipo de alimento, 56% têm mais de 56 anos.

“A preocupação e cuidado com a saúde tende a ser maior entre as pessoas de mais idade, gerando maior mudança em hábitos alimentares”, reforça Mattos.

Entre os mais novos, o índice de não compradores é maior na faixa etária que vai de 25 a 34 anos: 44% deles nunca compram orgânicos. Aqueles com idade entre 45 e 55 anos, o percentual de não compradores chega a 45%.

Aspectos regionais também interferem na aquisição de produtos orgânicos. Para se ter uma ideia, a região Nordeste é a que concentra maior parte dos consumidores que nunca compraram alimentos orgânicos: 48%.

A Região Metropolitana de São Paulo, exceto a capital, apresenta um percentual semelhante, de 47%, contrastando com o índice de não compradores da capital paulista, que chegou a 39%. A explicação para essas diferenças, diz Mattos, é a maior concentração de classes com maior renda nessas regiões.

Sobre a pesquisa – O levantamento foi realizado em julho deste ano com 1 mil pessoas, com idade acima dos 18 anos, de 12 cidades das regiões metropolitanas brasileiras: Belém, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Manaus, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador e São Paulo.