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Exportação

Abipecs lamenta novo atraso na abertura do mercado norte-americano à carne suína de SC

Anunciado para hoje (20/10), os EUA cancelaram a entrada do produto em seu mercado. Brasil tem o direito de reivindicar compensações com o não cumprimento das determinações da OMC.

Hoje, dia 20 de outubro, o tão esperado anúncio pelos Estados Unidos da abertura do seu mercado à carne suína de Santa Catarina não acontecerá. A Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs) lamenta este novo atraso. “Infelizmente, a promessa de celeridade, para um processo que há muito deveria ter sido concluído, não se cumpriu, e vemos novo atraso”, lamenta Pedro de Camargo Neto, presidente da Abipecs.

Iniciado em 2007, logo após a obtenção na Organização Internacional de Saúde Animal – OIE do certificado de livre de febre aftosa sem vacinação pelo estado de Santa Catarina, o processo de aprovação pelos Estados Unidos não foi concluído até hoje. Isso tudo, apesar de missão técnica norte-americana ter visitado o Brasil em abril de 2008.

Contencioso do algodão e carne suína – A abertura à carne suína de Santa Catarina foi incluída no conjunto do acordo firmado entre os EUA e o Brasil, pelo qual o governo brasileiro se comprometeu a não realizar retaliação comercial a produtos e serviços norte-americanos. Como se sabe, o Brasil saiu vitorioso no contencioso contra os subsídios norte-americanos ao algodão, levado a cabo na Organização Mundial do Comércio (OMC). Como os EUA não cumpriram o que a OMC determinou, o Brasil tem o direito de reivindicar compensações.

O setor de carne suína esperava que antes mesmo de hoje, dia 20, data da primeira reunião periódica de acompanhamento do acordo bilateral, em Washington, os EUA anunciassem a abertura do seu mercado à carne suína catarinense. 

“Certamente, esse seria o evento mais simples do acordo do algodão, pois é, em teoria, uma obrigação dos EUA no âmbito do acordo sanitário da OMC, e de impacto econômico mínimo”, afirma Pedro de Camargo Neto.