Cerca de 20 mil frangos morreram de calor anteontem, em Marilândia do Sul. As aves, que estavam abrigadas em um barracão de uma granja no distrito de Nova Amoreira, não resistiram à falta de energia elétrica na localidade.
“Havia 25 mil frangos e em torno de 24 mil seriam retirados naquele dia para serem levados para o abate. Mas não deu tempo”, relata um dos donos da propriedade rural, Angelo Tesul Tamiguchi.
Ontem, ele passou o dia retirando as aves mortas da estufa para enterrá-las no sítio. “Era nosso sétimo lote, desde que começamos a produzir. O prejuízo foi muito grande”, enfatiza.
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Programado pela Companhia Paranaense de Energia (Copel), o desligamento na rede elétrica durou aproximadamente quatro horas. Segundo Tamiguchi, um pedido para o adiamento da manutenção na rede chegou a ser feito à estatal, mas não foi atendido. “Eles não ligaram para isso”, diz.
O gerente do departamento de Serviços e Manutenção da Copel em Apucarana, Aparecido Alberto Tomazeli, explica que é inviável alterar o cronograma de atividades da companhia em função de solicitações como essa.
“A Copel avisou o cliente no dia 17 de setembro, ele estava ciente. Além disso, aquela área tem muitas granjas, cada propriedade tem o frango em um estágio diferente. O que orientamos é que os proprietários tenham um gerador próprio”, sustenta. Ele também aponta que a reclamação de Tamiguchi não foi recebida.
Outra interrupção no fornecimento de energia elétrica, com fins de manutenção da Copel, também causou anteontem a morte de 350 frangos, em Rio Bom. Conforme Tomazeli, o desligamento também havia sido informado aos produtores afetados.
