Este foi um ano positivo para a suinocultura. A avaliação foi feita nesta quinta, dia 2, pela Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs). Um dos destaques do período foi o aumento de 23% nos preços da carne suína exportada. Em volume, os embarques tiveram redução, mas a perda foi compensada pelo crescimento do mercado interno.
A indústria da carne suína teve um cenário diferente em 2010. O perfil exportador foi mantido, mas o aumento do consumo no Brasil muitas vezes deixou mais atrativo vender no mercado interno. O fenômeno aparece em números.
A estimativa da Abipecs é fechar o ano com um volume exportado acima de 561 mil toneladas, 46 mil a menos se comparado ao ano anterior. Mesmo assim, o abate de suínos aumentou, porque a quantidade disponível no mercado interno chegou a 2,6 milhões de toneladas, cerca de 100 mil a mais em relação a 2009.
Outro destaque positivo foi a receita das exportações, mais de US$ 1,3 mil. Isso porque a média dos preços foi 23% mais alta na comparação com 2009.
O balanço do ano foi feito durante um almoço em São Paulo. Para 2011, o setor de suínos não espera mudanças significativas. A demanda deve continuar aquecida, mas os custos da suinocultura podem subir com alta no preço dos grãos.
O presidente da Abipecs, Pedro Camargo Neto, admitiu que a indústria aposta na abertura de novos mercados. Depois que os Estados Unidos formalizaram a disposição em comprar suínos de Santa Catarina, Estado livre de aftosa sem vacinação, outros países podem seguir o mesmo caminho.