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Mercado Interno

Preço do frango sobe 60%

Em 4 meses, valor da carne de frango subiu até 60% em supermercados da Região do Polo Têxtil, no interior de São Paulo.

Preço do frango sobe 60%

O preço da carne de frango subiu até 60% em supermercados da RPT (Região do Polo Têxtil) nos últimos quatro meses. O quilo, que antes era encontrado por R$ 2,50, hoje chega a custar R$ 4. De acordo com o gerente comercial de uma rede de supermercados, Carlos Roberto Moraes, a alta no valor da carne bovina fez com que os consumidores migrassem para o frango. “Com menos oferta de frango vivo no mercado e maior demanda, os preços também sobem”, afirmou.

Atualmente, um quilo de contra-filé não sai por menos de R$ 16. Há quatro meses, era encontrado por R$ 12. Segundo a proprietária de um açougue, em Americana, Cleide Aparecida Vieira Rosa, apesar de o preço do frango aumentar toda semana, a procura por este tipo de carne permanece intensa por conta da alta do valor da carne bovina. “Apesar da oscilação do preço, muitas pessoas ainda procuram pelo frango porque é bem mais barato que a carne bovina”, comentou.

Levantamento realizado pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP (Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”), em Piracicaba, revela que os preços das carnes de frango congelada e resfriada continuam em alta em todas as praças visitadas. O impulso, de acordo com pesquisadores, vem da demanda aquecida. “Por conta da valorização das carnes concorrentes (bovina e suína), consumidores têm optado, em parte, pela carne de frango”, traz trecho de nota do Cepea. Agentes do centro comentam ainda que a oferta não tem acompanhado a elevação da demanda e, por isso, os preços devem manter-se firmes.

Outro fator apontado como determinante para o aumento no preço da carne de frango é o milho, insumo básico da alimentação das aves. Segundo o Cepea, entre os dias 20 e 27 de setembro, a saca de 60 quilos do milho subiu 16,6%, atingindo R$ 25,80. Pela pesquisa, o mercado segue guiado pela demanda firme de consumidores brasileiros, pela contínua elevação da paridade de exportação e pelo clima desfavorável na maioria das regiões produtoras de milho verão.

Independente dos motivos que levaram a alta do preço do frango, os consumidores já sentem no bolso a diferença. “Para quem ganha um salário mínimo, o aumento é sentido mais ainda”, afirmou a aposentada Benedita Pereira, de 70 anos, que disse ser “obrigada”, por problemas de saúde, a  comer carne branca. “O pior é que meu médico me orientou a comer frango e peixe”, disse .