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Exportação

UE flexibiliza limite para resíduo em frango

Bloco altera imites de nicarbazina na carne de frango. O produto é um anticoccidiano.

UE flexibiliza limite para resíduo em frango

A partir do próximo dia 26 de outubro entra em vigor na União Europeia a nova regra com a alteração nos limites de nicarbazina na carne de frango. O produto é um anticoccidiano, medicamento adicionado na alimentação das aves para combater a coccidiose, doença que provoca diarreia e morte dos animais, principalmente nos mais jovens.

O limite de resíduos de nicarbazina passa a ser de 15 mil ppb (partes por bilhão), para as análises feitas no fígado das aves. Até agora, o limite vigente na União Europeia era o determinado pelo Codex Alimentarius, de 200 ppb, valor que ainda é adotado no Brasil.

Apesar de a patente da molécula da nicarbazina já ter expirado, quase 90% da nicarbazina do mundo é produzida pela Phibro em suas duas unidades – uma em Israel e outra em Bragança Paulista (SP). Foram os testes realizados pela Phibro, aliás, que serviram de base para a União Europeia rever os limites residuais do produto na carne de frango. Os outros 10% são fabricados por grupos chineses, em duas unidades da China.

“Essa é uma molécula que existe há mais de 50 anos e uma das mais eficientes. Acreditamos que a alteração europeia dará mais segurança para os exportadores brasileiros utilizarem o produto, uma vez que o risco de embargos por resíduos é bem menor”, diz Stefan Mihailov, diretor-geral da Phibro Saúde Animal no Brasil.

Diante das novas regras as expectativas da Phibro são de aumento da demanda, tanto na Europa quanto no Brasil. Segundo Mihailov, a unidade israelense está recebendo aporte de US$ 6 milhões para expandir sua capacidade de produção. A estimativa do grupo é que nos próximos 24 meses a demanda aumente entre 20% e 30%, apenas pelo produto proveniente da unidade de Israel.

No caso da fábrica do Brasil, apesar de não abastecer o mercado europeu, a expectativa é que ocorra um aumento entre 15% e 20% para atender às necessidades brasileiras a partir de 2011. “Acreditamos que os produtores integrados das agroindústrias utilizarão mais a nicarbazina em suas rações, sem o receio de serem punidos por resíduos acima dos limites permitidos”, diz Mihailov.

De acordo com o executivo brasileiro, a unidade da Bragança Paulista tem condições de elevar em até 40% a fabricação de nicarbazina, apenas com ajustes de turnos. A planta recebeu recentemente investimentos de US$ 1 milhão para modernização e melhoras em sua estrutura.