A sonhada abertura de boa parte do mercado do primeiro mundo para a carne suína catarinense parece estar mais próxima da realidade. O secretário de Estado da Agricultura, Enori Barbieri, informa que a Associação Brasileira das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Carne Suína (Abipecs) aguarda para este mês o sim dos Estados Unidos para a abertura do seu mercado ao produto de SC, por ser área livre de aftosa sem vacinação. Com essa decisão serão abertos, também, os mercados dos outros dois países do Nafta Canadá e México , além do Japão e Coreia do Sul, países que acompanham as decisões sanitárias dos EUA, informou Barbieri, após conversa com o presidente da Abipecs, Pedro Camargo Neto.
A expectativa é de que as agroindústrias vão aproveitar a oportunidade apesar de o comércio internacional não estar favorável porque o primeiro mundo paga bem mais. Um dos diferenciais é que eles não compram carcaça inteira, mas cortes especiais.
Pressão ao exterior
Se a decisão dos EUA for tomada agora, chegará no raro momento em que as agroindústrias brasileiras não estão interessadas em exportar por dois motivos: vendas em alta no Brasil e preços baixos lá fora. Segundo o secretário Enori Barbieri, as exportações catarinenses de carne suína estão praticamente paradas este mês porque o setor está querendo aumentar os preços lá fora para poder compensar o dólar baixo no Brasil, que ontem fechou em R$ 1,727.
Ele explica que há pouca oferta porque em função da crise de 2009, o setor ampliou em apenas 2% a produção, este ano, no País, mas as vendas estão 6% maiores. Além disso, as empresas já estão fazendo estoques para as vendas do final do ano.